quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Fic: Fim de semana em LA

Ship: Mevi
Categoria: Actor fic, AU, Smut
Advertência: Contém cenas de sexo
Capítulos: 3 (Nomeei como primeiro, segundo e terceiro ato)
Classificação: NC-17
Completa: [x ] Yes [ ] No
Resumo: Matt está sozinho em sua casa de LA e convida Evi para passar um fim de semana escondidos. Mas uma surpresa nada agradável os espera.
N/A: Fic faz parte do Projeto “Flagra”. Lembrando que a fic é somente entretenimento e sorry porque não estou inspirada para fazer um plot mais elaborado.



Primeiro ato

Sexta-feira

Los Angeles. Cidade dos sonhos, onde todo o mundo é ator, desde o garçom até o porteiro do prédio. Lugar onde as coisas acontecem. Local em que os bons contratos, conversas sobre roteiros de cinema e escalações de elenco são feitos.

Matthew sabia disso. E por essa razão, ainda mantinha uma casa na cidade. Ele agora residia no Oregon, tinha se desfeito de sua mansão no Havaí, mas não vendeu a sua casa em LA porque era inevitável, estava sempre de passagem por lá por conta de sua profissão. Neste dia, encontrou-se com o diretor Chris Nolan. Se a conversa renderia um futuro trabalho, ele não sabia, mas estava animado. Atuar sob a direção de um nome conceituado iria dar credibilidade a sua carreira de ator, agora de cinema.

Aproveitava para passar um tempo na cidade. Não era do seu estilo, LA era artificial demais, as pessoas eram superficiais, todos ligavam para as aparências mais que tudo. Mesmo não gostando do ambiente, queria ficar um pouco longe de Margh. Parecia coisa de criança, ele sabia. Do alto de seus 44 anos de idade, essa era uma atitude para lá de infantil, fugir da própria esposa. Matt queria ar. Sentia que Margh o sufocava quando eles passavam mais tempo juntos. E atualmente por estar desempregado, não tinha como não conviver o tempo todo com ela.

Desde que se mudou para o Oregon, ele procurava se ocupar com a construção da nova casa e na primeira oportunidade que surgia, já estava viajando para bem longe. Inventou de adquirir outro avião, quis tomar mais aulas de vôo no Kansas. Não parava em casa. Freqüentava bares, karaokês e toda a sorte de lugares diferentes, por isso era constantemente visto na cidadezinha, cuja simples presença dele em um local já era motivo para o povo twittar.

Mas LA era enorme. Tinha muito artista para que ele fosse o centro das atenções. Acrescente-se a isso o fato de ele sentir saudades de certo alguém. Ela. Eles não se viam desde as inúmeras festas de despedida de Lost. Nunca chegaram a terminar, porém sequer algum dia conseguiram definir a relação deles. E nem queriam. Ele continuava casado e ela era livre. Chegou a ficar com um dos rapazes da produção, mas não foi nada sério. Ele não tinha o direito de sentir ciúmes. Ela também não tinha esse mesmo direito. Mas ambos sentiam.

Evangeline não exigia que ele escolhesse ente ela e Margh porque temia ser a dispensada. Matthew também não a proibia de se relacionar com outros homens porque quem era ele para pedir alguma coisa para ela? No entanto, ela odiava olhar as fotos do casal Fox juntos em premiações e ele odiava só de pensar que ela estaria dividindo a cama com alguém que não ele. Definitivamente era um relacionamento estranho. Ninguém entendia. Nem eles mesmos conseguiam solucionar essa confusão.

Uma casa tão grande, ele ali sozinho? Não. Seria uma chance de estar acompanhado dela. E bem longe de Margh. Por isso, mais do que depressa, pegou o telefone e discou. Abriu um sorriso largo só de escutar aquela voz do outro lado da linha. Conversaram um pouco e então Matt fez uma proposta indecente. Evi hesitou bastante quando Matt tentava a todo o custo convencê-la a passar o fim de semana com ele. Será que deveria continuar com aquele caso que não iria dar em nada? Ela tinha jurado para si mesma se afastar de vez de Matt, assim quem sabe poderia esquecê-lo. Mas como? Se o que sentia por ele era mais forte do que ela conseguia suportar? A voz rouca e pidona implorando para ela aceitar balançava o seu coração. Evi até imaginava a cara de cachorro abandonado que ele fazia. Como resistir? Quando deu por si, sua boca já tinha pronunciado um sim antes mesmo do seu cérebro pensar a respeito. E então, lá foi ela.

* * *

-Matthew, amore mio, me diga como foi a entrevista?
Margh falava cantarolando ao telefone. Por mais anos que vivesse em solo estrangeiro, ainda carregava um pouco no sotaque italiano.
-Ah...bem..não sei, foi apenas uma conversa.
-Vai voltar quando?
-Acho que na segunda-feira. Vou aguardar um pouco, passar o fim de semana aqui, quem sabe faço mais contatos com pessoas importantes da indústria?
-Mas como? Pensei que voltaria logo. A obra está meio parada, você precisa ficar na cola dos pedreiros, senão eles enrolam e não produzem nada!
-Você é que é boa nisso, Margh, ficar na cola. Já é a terceira vez que me liga hoje!
-Que é isso, Matt, está de mau humor? Você sabe que faço isso sempre.
-É, mas quase não consegui conversar direito com o Chris. Meu celular ficou o tempo todo vibrando, foi horrível ter de disfarçar. Agora é diferente, Margh, não é mais o Jack Bender no set, que já estava acostumado com as suas inúmeras ligações durante as gravações.
-Mas que bravo! Desculpe-me, é que tenho saudades.
-Sei, você quer é ficar me controlando, isso sim!
-Ih, já vi que é hora de eu desligar. Beijo, te amo.
-Tchau.

Matthew desligou o telefone furioso. Ele estava a cada dia mais sem paciência com as frescuras da esposa. Ela foi um grande amor em sua vida, mas ele não estava mais sentindo aquela paixão por ela. Ele gostava da parceria deles, o casamento dava certo porque eram grandes companheiros, tinham filhos maravilhosos, conheciam as manias, qualidades e defeitos um do outro.

Estavam casados há tanto tempo que a situação lhe era cômoda. Era um lar estável e ele apreciava isso. Era apegado demais à família e a valorizava muito, acima de tudo, até mesmo de sua felicidade.

Mas era difícil. Havia horas que ele queria jogar tudo para o alto e sumir do mundo ao lado de Evi. Ela sim era a sua alegria. Ele estava tão infeliz nos últimos meses porque ela estava longe dele. Sem o seu sol, a sua luz, o seu calor, a vida dele era extremamente chata e sem a menor graça.

Evi estava para chegar. E ele mal podia conter a ansiedade. Fumava um Marlboro atrás do outro até que resolveu dar um mergulho. Arrancou a roupa e saltou pelado na piscina. Quem sabe a água fria apagasse um pouco o fogo que queimava dentro dele só de pensar na ideia de que, dali a algumas horas, iria tomá-la em seus braços.

Evi chegou ao final da tarde. Mattt deu um sobressalto quando a ouviu buzinar. Ele destravou o portão automático e ela entrou de carro, estacionando mais adiante.

Não era uma mansão como a dos grandes atores hollywoodianos, mas era uma propriedade bastante suntuosa, com piscina e um imenso jardim até chegar ao casarão.

Evi retirou o óculos de sol e o dispôs como uma tiara. Abriu a porta do carro e tocou o asfalto com uma sandália de salto altíssima. Colocou primeiramente a perna esquerda para fora e depois a perna direita se juntou, descendo do carro de maneira altiva, como se fosse uma estrela de cinema.

Ela notou a inquietação de Matt ao vê-la com as pernas de fora, em um vestidinho super curto que quase dava para ver a calcinha. Ele estava petrificado diante daquela visão. Matt a recebeu com um sorriso charmoso, os cabelos dele estavam ainda molhados da piscina e um pouco desgrenhados.
-Hei.
-Hei você!
Evi abriu um grande sorriso ao avistá-lo. Ele vestia um hobby branco e mais do que depressa, ela atirou-se em seus braços, alcançando sua boca com um beijo gostoso.
-Vai com calma, crazy, temos ainda a noite inteira e amanhã para matarmos as saudades.
-Sentiu a minha falta?
-Todos os dias.
-Só?
-E todas as noites. Principalmente à noite.
-Ah bom, safadinho!

Evi deu um selinho nele e os dois caminhavam por um gramado bem aparado até a entrada da casa. A varanda da frente tinha o chão de mármore e um degrau, a porta de madeira da entrada apresentava detalhes com vidros coloridos na lateral.

Evi entrou e Matt estava logo atrás dela. Ele fechou a porta e se aproximou, sussurrando em seu ouvido.
-Você é linda, sabia?
Evi se arrepiou com o som da voz dele ecoando, sentindo seu hálito quente tão próximo de sua orelha. Virou-se e deu de cara com Matt, os olhos dos dois se encontraram e um vislumbre de desejo faiscava tanto no olhar dela como no olhar dele.
-Eu quase enlouqueci nesses meses sem você. Ainda bem que o trabalho me manteve ocupada, mas bastava um tempinho em que ficava sem fazer nada para o meu pensamento voar longe...Matt...eu...eu não deveria ter vindo...Isso é demais para minha cabeça. Antes tudo bem, você ia embora ou eu ia embora, porém sabíamos que nos veríamos novamente. Mas agora? Tudo ficou muito mais complicado, não podemos mais nos ver com freqüência sem levantar suspeitas.
-Evi. Acalme-se, nem começamos a fazer nada e já está pensando no depois? Relaxe.
Ele chegou mais perto e deslizou a mão pelo braço dela, para cima e para baixo, lentamente, tentando tranqüilizá-la.
-É que...vai ser muito difícil te ter durante algumas horas e então, sabe-se lá quando nos encontraremos de novo. Não vou agüentar.
Matt colocou as mãos no rosto de Evi, olhando agitadamente em seus olhos.
-Eu sei, Evi. Também é doloroso para mim te ter em meus braços e depois te ver partir. Desde que tudo acabou, tenho sentido um vazio tão grande...Tentei ocupar a mente com uma série de atividades, mas a cada lugar que vou, te procuro em todos os cantos. Em um sorriso que alguém dá, em uma palavra que uma pessoa pronuncia e que você tenha dito para mim, ou uma música que toca no rádio me faz lembrar de nossos momentos...Também não sei se vou agüentar, mas não quero resistir.

Agora ele estava ainda mais perto. Suas mãos continuavam a abrigar a face de Evi, o nariz dele praticamente roçava no dela ao passo que foi impossível para os dois se conterem. Trocaram um beijo molhado, língua procurando língua com avidez, lábios se repuxavam, saboreando-se.

Matt encostou Evi na parede, o rosto dela estava afogueado, os beijos lhe tiravam o fôlego, queriam recuperar todo o tempo perdido. As mãos dele pareceram ter vida própria e se espalhavam por toda a silhueta de Evi. Os toques de Matt em seu corpo aos poucos despertaram o seu tesão. Os bicos dos seios ficaram duros, marcando o tecido do vestido.

Ele colocou a mão direita por debaixo do vestido, alcançando a calcinha, mas ao em vez de tirar a peça, seus dedos entraram furtivamente pela lateral (aproveitando o fato do lingerie ser bastante cavada dos lados), afastando o tecido e ficando em contato com a pele da região. O calor que emanava de seu ventre o instigava a acariciar a vagina delicada, com pouquíssima penugem, bem depilada. Seu sexo apertava a mão dele, absorvendo seus dedos enquanto Evi deixava escapar gemidos, de olhos fechados, somente curtindo a sensação de ser estimulada. A excitação dela era crescente, fazendo com que escorresse a umidade, deixando os dedos dele molhados, indicando que ela logo poderia recebê-lo facilmente.

Evi não deixou que ele continuasse, também estava morta de vontade daquele corpo másculo e queria usufruir do mesmo antes que a razão viesse lhe perturbar a consciência e ela se arrependesse da loucura que estavam fazendo mais uma vez.

Os dois voltaram a se beijar e a se esfregar e ela pode ver o membro aumentando o volume por baixo do roupão. Não resistiu e o segurou. Evi o apertou de leve, dando um sorriso malicioso e olhando para Matt com cara de quem iria aprontar. Sentia a pele quente do pênis que pulsava ao ser acariciado por ela. Matt estava gostando daquilo, mas então Evi parou.
-Está brincando comigo, crazy? Começou agora vai ter que continuar...
-É uma ameaça?
-Não, é um desafio. Quero ver se você vai me levar à loucura.
-Pode crer que sim. Quer apostar?

Ele desamarrou o hobby e encaminhou a cabeça dela de encontro ao seu membro. Mais do que depressa, Evi começou a chupá-lo. Percorria toda a extensão com a língua. Posteriormente, encostou os lábios nos testículos, lambeu novamente a lateral para depois abocanhar o órgão por inteiro.
Matt fechou os olhos e mesmo não querendo dar o braço a torcer, acabou soltando um murmúrio de prazer, realmente ela estava vencendo a aposta. Matt estava com as pernas bambas, Evi sentia o membro crescendo dentro da boca, até que ele a interrompeu, mal conseguindo respirar de tanto tesão:
-Ok, você venceu. Eu me rendo.
-Não não não...nada de se render agora, quero te sentir inteirinho dentro de mim.
Sem esperar, Matt olhou para ela, pegou em seus cabelos e depois em seu rosto, fazendo menção para ela ficar de pé. Assim que ela se levantou, ele afastou alguns objetos que estavam sob a mesa e a colocou sentada sobre o móvel, subiu o vestido de Evi, arrancou com pressa e força a calcinha toda embolada, abriu as pernas dela, ficando entre suas coxas e meteu o pênis. Ela estremeceu quando sentiu a glande entrando. Ele forçou um pouco e a invadiu mais que a metade. Ela deu um grito quando ele meteu tudo, estava achando delicioso sentir aquele monumento por completo dentro dela. Matt era bem dotado, por isso sua autoconfiança em andar pelado por aí. Evi era apertadinha, o que deixava Matt ainda mais doido.

Ela vibrava de prazer a cada investida. Estava totalmente em transe. Ele aumentou o ritmo de suas estocadas e a excitação cresceu a um ponto em que ela atingiu um estágio pleno, remexendo freneticamente sua pélvis contra a dele. O seu centro se contraía em espasmos, comprimindo o membro dele, fazendo com que ele delirasse. Matt quase não agüentou, mas queria esperar até que ele proporcionasse a ela todo o prazer a que tinha direito.

Ela percebeu no rosto dele toda a satisfação que estava experimentando e então, uma onda de calor a atingiu e Evi fechou os olhos, finalmente alcançando o orgasmo. Ela gemia, trêmula e ele percebeu que ela tinha atingido o clímax. Sem mais demora, Matt explodiu em gozo, liberando o seu líquido quente e espesso.

Evi foi relaxando aos poucos, mas os bicos de seus seios ainda estavam enrijecidos devido ao êxtase proporcionado.
___________________________________________________________________
Segundo ato

Sábado

Matt e Evi tinham encomendado comida chinesa e após uma gostosa refeição, aproveitavam para colocar a conversa em dia, bebendo drinks cuidadosamente elaborados por ele. Se havia uma coisa que ele sabia fazer era beber. Matt começou cedo, desde os seus 12, 13 anos, já era acostumado a beber. A fazenda de seu pai cultivava cevada e crescer no interior dos USA, onde jovens logo cedo se comportavam como adultos fez com que ele tivesse essa e outras experiências precoces na vida.

Evi também gostava de beber um bocado. A diferença era que ela não tinha tanto controle. Quando enchia a cara, era daquelas que cambaleavam e deixavam todo o tipo de emoção reprimida chegar à tona. Matt notou que ela já estava gargalhando alto e tagarelando ainda mais que usualmente fazia quando estava sóbria.
-Acho que já chega por hoje, mocinha.
-Mocinha? Que engraçado, Matt, está parecendo meu pai me dando bronca.
Ela ria e passava as mãos pelo cabelo, imitando Matt e fazendo uma voz mais grossa e rouca.
-Pai? Está me chamando de velho?
-Eu sempre faço isso, brinco com a sua idade. E está cada vez pior, o seu fôlego está acabando por conta dessas porcarias de cigarro que você não tira da boca.
-Acha que não aguento o pique? Experimenta para você ver.

Ela olhou para ele por um instante e em seguida, o empurrou para o sofá. Matt caiu sentado sob o estofado de couro e Evi colocou uma perna de cada lado e sentou-se sobre ele. Deu-lhe um beijo lascivo, Matt afastou umas mechas soltas do cabelo de Evi que teimavam em cair sobre o seu rosto.
-Evangeline...
Ele disse o nome dela vagarosamente, como se brincasse com cada sílaba da palavra.
Evi puxou a camiseta de Matt e arrancou com tudo. Depois, foi traçando uma trilha de beijos do queixo para o pescoço, descendo pelo peitoral, abdômen definido e então, seus dedos fizeram um trabalho rápido, descendo o zíper do jeans. Evi levantou-se para que pudesse retirar a calça dele, deixando-o somente de boxer.
-O que você está fazendo?
Ela não respondeu. Em vez disso, mordeu os lábios e quis arrancar a peça íntima com força.
-Cuidado aí, crazy!
Enquanto ele ajeitou-se novamente no sofá, sentado e agora completamente nu, Evi sentou-se no chão, entre as pernas dele. Olhando para Matt, em fim respondeu:
-Você não disse para experimentar?
Ela tomou o seu membro e quis chupá-lo. Agia apressada, a bebida causava um efeito nela que parecia que seu corpo entrava em combustão, tamanho fogo que corria em suas veias. Ela lambia e saboreava cada pedacinho de pele, deslizando a boca por toda a sua extensão.

Quando viu que ele estava no ponto, já bastante duro, Evi levantou-se. Sem quebrar o contato visual, ela ficou diante dele e foi desabotoando cuidadosamente cada botão da camisa que vestia, ficando somente de sutiã. Retirou a peça e jogou sobre ele, como se estivesse fazendo um strip-tease. Ele mantinha os olhos fixos enquanto ela dançava e jogava os cabelos para os lados. Evi desceu o zíper da calça e foi deslizando devagar a mesma pelo quadril e depois pelas pernas.
-Droga, deveria ter vestido uma saia, ficaria mais sexy.

Ela riu de um jeito moleca.
-Mais sexy? Não estou interessado na roupa, estou interessado no que está por debaixo dela.
Matt a olhava de um jeito que parecia que estava comendo-a pelos olhos. Quase nem piscava para não perder aquela perfeição toda diante de si.
Agora apenas de lingerie, um conjunto cor preta e todo rendado, ela rebolava, ensaiando uns passos e ralando as pernas perto dos joelhos dele. Matt esticou os braços para puxá-la, ao que ela respondeu energicamente:
-Nunca toque na dançarina. São as regras da boate.
-Ok, me desculpe. Pena que estou pelado, senão iria colocar uma boa gorjeta na lateral da sua calcinha.
Eles riam com a brincadeira de fantasiar que estavam em um bar e ela representando a dançarina do pole dancing. Evi se mexia sensualmente, até que abriu o fecho do sutiã e se livrou da peça, mais uma vez jogando ao alto, libertando seus seios de formas arredondadas e esculturais. Evi subiu na mesinha de centro da sala e levou as mãos até a calcinha, passando os dedos pelas tiras laterais e abaixando bem devagar a pequena peça, mas antes que revelasse a sua parte íntima, virou-se de costas, empinando o bumbum e agora sim, descendo a calcinha lentamente, despindo a pele carnuda e embolando o tecido pelas pernas, até que ele chegasse aos pés. Desceu da mesa e continuou de costas. Evi rebolava e foi chegando cada vez mais perto de Matt, quase deitando o seu corpo em cima dele. Então se sentou delicadamente sobre o seu membro. A penetração foi profunda. Evi começou a se mexer devagar, subia e descia e enquanto isso, Matt apalpava os seus seios, amassando de leve os montes nas palmas de suas mãos, beliscando os bicos enrijecidos entre os dedos.

Evi se movimentava de maneira que o pênis entrava todo e quase saía de dentro dela. A visão de seu bumbum, indo e vindo em direção a ele o deixava maluco de tesão. Matt a segurava pela cintura, para que ela mantivesse seu ritmo cadenciado. Evi começou a gemer, foi aumentando os movimentos e pendendo a cabeça para trás, encostando-se no peito dele até que seus suspiros se tornaram intensos. O orgasmo chegou e Evi sentou-se com força sobre ele, apertando-o dentro dela. Com a pressão, ele também chegou lá, murmurando e gozando alucinado.

Eles respiravam com dificuldade, buscavam o ar que lhes faltava enquanto o coração disparava dentro do peito.
-Precisamos no ver mais, Evi. Se a cada reencontro nosso você me matar desse jeito, juro que não vou resistir – Matt dizia mal conseguindo pronunciar as palavras, totalmente ofegante.

Ambos estavam completamente nus, suando e exaustos pela maratona de sexo que se autoinfringiram desde que Evi botou os pés naquela casa.
-Acho que bebi demais, Matty. Minha cabeça está zonza.
-Melhor dormir para repor as energias. Venha, vamos subir, eu também estou cansado, você me deu muito trabalho. Amanhã arrumo essa bagunça toda que fizemos na sala.

E assim os dois foram para o quarto, a tarde e a noite tinham sido bastante movimentadas. Parecia um casal em lua de mel, não tinham feito nada além de passar horas agradando um ao outro e praticando muito sexo para compensar o atraso de tantos meses separados.

* * *

-Mãe, vai viajar?
Kyle observava Margh arrumando a mala, dentro do quarto.
-Vou sim, amanhã. Seu pai está em LA e já que ele está por lá, resolvi dar uma passada. Já faz um tempo que estou querendo fazer algumas intervenções cirúrgicas. Quero fazer uma lipoaspiração na barriga, não aguento mais as pessoas comentarem que estou grávida. E se for possível, também quero fazer uma plástica no pescoço. Em LA se encontram os melhores cirurgiões plásticos, então não custa nada pelo menos fazer uma consulta.
-Posso ir junto?
-Nada disso. Você e seu irmão vão ficar aqui com seus avós. Vai ser coisa rápida, ainda não vou operar, primeiro quero saber dos riscos e das possibilidades.
-Ah, que pena! Poxa, queria tanto ir. Esse lugar é um tédio! Não tem nada de bom para fazer aqui.
-Kyle, pare de ser uma adolescente mimada. Comporte-se direitinho.
-Não vai ligar para o pai avisando?
-Acho que não, ele fica bravo quando ligo toda a hora. Vou fazer uma surpresa para ele.

___________________________________________________________________

Terceiro ato

Domingo

Margh chegou em LA. Saiu do Oregon logo pela manhã e aterrissou na Califórnia ainda cedo. Oregon fica ao norte da Califórnia, os dois estados fazem fronteira, a viagem não foi tão demorada. Iria imediatamente para a mansão, mas enquanto rumava para lá, sentiu fome e resolveu parar para comer alguma coisa rápida já que não tinha tomado café da manhã.

Ela fez a sua refeição e como havia um mercado ao lado da lanchonete, já que estava por lá, resolveu comprar alguns itens básicos para o almoço. Se bem conhecia o marido, apostava que não tinha nada na geladeira, ele provavelmente pediria comida pronta o fim de semana todo. Como ela iria ter a consulta médica à tarde, não podia comer besteiras que a fariam aparentar ainda mais gorda, inchando a sua barriga saliente. Iria escolher umas verduras e legumes para fazer uma salada ou uma sopa bem leve.

Enquanto isso na mansão...

Evi abriu os olhos devagar. Uma pontada na lateral da cabeça indicava que teria ressaca. E ela odiava isso.
-Hei, bom dia.
-Hei.
Matt viu que ela estava com a mão na testa e logo percebeu que a coisa iria ficar feia.
-Já sei, está com uma ressaca dos diabos, não é?
-Exatamente. E a culpa é toda sua.
-Minha? Não fui eu que bebi todos aqueles coquetéis.
-Você me induziu a isso, seu manipulador! Com todo esse seu charme, essa lábia, foi me envolvendo com sua conversa até que...
Ela deu um tapinha de leve no braço dele.
-Olha só o que aconteceu! Além de eu ter vindo até aqui, o que não deveria ter feito, não bastasse, fiquei completamente bêbada e agora estou aqui, imprestável com essa maldita dor de cabeça e totalmente culpada.
-Culpada do que?
-De tudo isso. Principalmente de estar na cama de um homem casado.
Ele ria com o jeito um tanto enfezado com que ela lhe dizia aquelas palavras.
-Está rindo, Matt? Estou falando sério.
-Vem cá, Evi.
Ele a puxou para si, envolvendo o seu braço ao redor do ombro dela, beijando-a com carinho.
-Está muito cedo para discutirmos nossa relação. Acabamos de acordar, você está de ressaca, ainda temos o Domingo inteiro para aproveitar.
-Você não sente nem um pouco de remorso?
A mão de Matt alcançou o criado-mudo para apanhar o maço de cigarros. Ele acendeu um, deu uma tragada e respondeu vagamente:
-Não sei dizer...não costumo me arrepender do que faço, somente do que não faço.
-Muito engraçadinho. Preciso de um banho urgente.
-Posso ir junto?
-O que, quer dar uma de Jack agora? Não. Se você for junto, não vai ser um banho, vamos começar tudo de novo, eu te conheço e eu me conheço.
-Ok, então vou descer e preparar o café da manhã. Tome um banho e beba bastante água que a ressaca sara rapidinho.
-É o que eu vou fazer, não quero perder nosso restante de horas passando mal.

Evi tomou uma ducha, fechando os olhos debaixo da água que caía do chuveiro e relaxando o corpo. Enquanto tomava seu banho, pensava que o que tinha feito era loucura. Estar ali, na casa dele, passando um fim de semana escondidos, ao mesmo tempo em que a família o esperava no Oregon. Nunca quis ser amante, mas era exatamente o que estava acontecendo. Odiava-se por isso, porém por mais que lutasse, privar-se da companhia dele era ainda pior que vê-lo de vez em quando, fortuitamente.

Evi vestiu um hobby e voltou para o quarto. Matt a aguardava sentado na cama, com uma bandeja posta.
-Eu sei que não é o melhor café da manhã, infelizmente não tem quase nada de comida por aqui, visto que é um lugar de passagem.
-Tudo bem, do jeito que estou faminta, qualquer coisa já é um banquete.
-Estava com saudades disso, lembra os nossos cafés que tomávamos nas gravações?
-Nem me fale, é uma das coisas que mais sinto falta, da convivência. Não só de nós dois, mas de todo o pessoal, da Liz, do Josh, do Jorge...
-Pois é, também sinto a falta deles. Embora nem chega a esse tanto que sinto de você.

Matt gesticulava com as mãos, demonstrando o tamanho de suas saudades. Evi sorriu e depositou um beijo suave nos lábios dele. Depois, ainda próxima de seu rosto, o olhou com tanta ternura que ele não resistiu e a beijou novamente. Os beijos curtos foram se tornando freqüentes até que eles se demoraram mais e resolveram aprofundar, as línguas se fundiram, as bocas foram exploradas, os lábios sofriam leves mordiscadas, ora de um ora de outro. Evi quebrou o beijo e se levantou da cama. Apanhou a bandeja e a colocou de lado, em cima de uma poltrona por perto. Então voltou a olhar par ele. Matt continuava sentado na cama, Evi se aproximou, desamarrando o roupão vagarosamente, abrindo cada lado da aba e despindo lentamente a peça de seu corpo.

Matt a observava completamente fascinado, o corpo dela era perfeito, os braços dele se esticaram para trazer Evi para perto. Ela estava de frente para ele. O rosto de Matt estava diante da barriga de Evi. Ele começou a beijar a região perto do umbigo, ao passo que suas mãos apalpavam o bumbum dela, beliscando cuidadosamente cada nádega com a ponta dos dedos.

Evi colocou a mão em seus ombros, fazendo menção para ele se deitar, ao que ele obedeceu prontamente. Ela ficou por cima, quase sentando-se no rosto dele, mas ao em vez disso, ficou ajoelhada, uma perna de cada lado da cabeça de Matt. Evi começou a se movimentar, passando a vulva bem perto da boca dele. Ele via aquela vagina a uma pequena distância de sua língua, mas quando ele quase alcançava, Evi se afastava de modo que ele conseguia somente roçar os lábios de leve na região.

Ela estava adorando a brincadeira, ele estava ficando excitado só pelo fato dela o provocar e instigar daquele jeito. Evi continuou até que um ardor dentro dela se espalhava, indicando que estava na hora de ela deixá-lo fazer o que efetivamente queria fazer.

Evi saiu de cima dele e foi para o outro lado da cama, com as pernas abertas, deitando-se e esperando que ele a satisfizesse. Matt retirou a própria camiseta e a boxer, ficando totalmente nu. Ele foi em direção a ela, mas primeiramente deteve-se nos seios. Sugou os mamilos, passou a língua ao redor dos mesmos e abocanhou cada mama, primeiro uma e depois a outra. Continuou a explorar o corpo de Evi, beijando e molhando com a língua cada pedacinho por onde ela deslizava até que finalmente desceu a boca até a vulva.

A língua de Matt entrou em contato com os pontos mais sensíveis, chupando eroticamente os grandes lábios, contornando o clitóris e introduzindo a ponta em seu centro. Evi gritou, os dedos dela tocaram o ralo cabelo de Matt, seu quadril se remexia involuntariamente, suas pernas se dobraram, os calcanhares raspavam os lençóis para cima e para baixo. Evi suspirava, dizendo o nome dele repetidas vezes.

Quando ele teve certeza de que ela estava muito excitada, decidiu possuí-la. Matt enterrou-se dentro dela de uma só vez, Evi berrou ainda mais alto, estava trêmula pelo prazer proporcionado.

Margh pegou as chaves, abriu o portão e entrou com o carro alugado pela longa trilha que cercava o jardim. Não viu o carro de Evi porque este estava estacionado mais adiante, meio escondido. Desceu do carro com duas sacolas de compras do mercado e mais a maleta de roupas. Colocou tudo no chão e apanhou as chaves do bolso. Abriu a porta da frente, pegou a bagagem e compras do chão, adentrando a sala. Como as mãos estavam ocupadas, empurrou a porta com os pés, fazendo com que a mesma se fechasse por trás, com um fraco ruído.

Matt e Evi estavam tão concentrados na transa que nem sequer ouviram o barulho.

Mal entrou na sala, Margh avistou a mesa de centro com duas taças de bebida em cima. Ficou parada por um instante, franziu a testa e pensou “não, ele não teria coragem, teria?” Estava tão apreensiva que resolveu subir as escadas com sacola e tudo. Margh dava passos silenciosos e andava devagar. Estava com muito medo do que estava prestes a encontrar. Assim que alcançou o topo da escada, ouviu sussurros e murmúrios vindos do final do corredor, no quarto principal. Resolveu parar e hesitar por um momento.

Na cama, Matt penetrava Evi vigorosamente, a fazendo atingir o clímax em poucos minutos.
-Oh, Matt, oh...
Evi estava amortecida pelo orgasmo obtido, tinha os olhos fechados enquanto ele por sua vez também gozava.

Margh enfim tomou coragem e se aproximou do quarto. A porta estava entreaberta, mas dava para ver a cama.

Evi o abraçava enquanto Matt se liberava. Ela sorria agradecida quando resolveu abrir os olhos. Antes não fizesse isso. Assim que abriu as pálpebras, seu rosto se congelou. Evi ficou paralisada, seus olhos se esbugalharam ao perceber que ela e Matt estavam sendo observados da porta. E justamente pela traída da história, Margheritta.

Margh tinha os olhos cobertos por um ódio intenso. As pupilas pareciam dilatadas, o branco dos olhos estava vermelho, as veias do seu pescoço saltavam e lágrimas escorriam sem parar do seu rosto enrugado e pálido. Os cabelos negros repartidos ao meio e mais lisos que os de uma oriental moldavam a sua expressão furiosa, dando-lhe uma aparência assustadora.

Evi cutucou Matt, que estava por cima dela alheio ao que se passava.
-Matt...
-O que foi?
Evi nada disse, apenas mantinha o olhar fixo na rival. Do jeito que Margh parecia cuspir fogo pelas entranhas, Evi tinha medo de que a italiana traída os matasse a facadas. Margh deixou cair uma das sacolas dos braços, com o barulho, Matt se assustou e se desvencilhou de Evi, virando-se imediatamente.

Ele ficou branco ao avistar a esposa parada na porta do cômodo.
-Margh...eu...
-Desgraçado! Cachorro! Sem-vergonha!
Margh proferiu as palavras com a língua trincada entre os dentes. Em um gesto completamente fora de si, retirou cada item de dentro da sacola e foi arremessando em direção a Matt.

Os cabelos dela esvoaçavam com os movimentos bruscos de pura raiva. Margh sapecou as cenouras com tudo no marido, que tentava proteger o corpo pelado com as mãos e braços.
-Margh...espere...eu...sinto muito.
Olhando agora para Evi, ela disparou uma série de insultos:
-Vadia! Cadela! Vagabunda! Eu sabia, sabia que você dava em cima do meu marido! Só não queria acreditar que ele correspondia!
E apontando para Matt, continuou transtornada:
-Como você tem coragem de trazer essa piranha para dentro da nossa casa? Na nossa cama, Matt? Como você se atreve? Você não vale nada! Eu já te disse uma vez, eu sei que você nunca foi santo, mas que se fosse aprontar comigo, que tratasse de esconder muito bem para que eu não descobrisse!
-Margh, precisamos conversar.
-Precisamos sim. Mas não agora, não com essa sua ereção apontando para mim. Cretino, safado!
Margh saiu correndo do quarto, não queria chorar ali na frente da inimiga e mostrar derrota.
-Margh! Espere! Margh!

Matt saiu correndo atrás da mulher, mas tropeçou e quase caiu nas cenouras e frutas que estavam por toda a parte, espalhadas pelo chão do quarto. Ele continuou sua perseguição, mas ao chegar à porta de entrada, se deu conta que estava nu e não podia sair na rua, seria um escândalo e atentado ao pudor. Por isso, teve que se contentar em ficar parado na porta e assistir Margh partir. Margh ligou o carro e saiu em disparada, cantando o pneu.

Quando Matt voltou para o quarto, encontrou Evi aos prantos, chorando desesperada.
-Matt...eu...sinto muito, me desculpe!
Ele estava perplexo demais com o que acabara de acontecer para responder alguma coisa.
-Eu vou embora...Não posso ficar mais aqui. Eu sou culpada de tudo isso, jamais deveria me envolver com homem casado!
-Hei...Evi...Não vá, não ainda. Eu preciso que fique. Só por um instante. Só até eu me acalmar. Acho que vou ter um troço.
Matt sentou-se na cama, com o cotovelo apoiado na perna, afundando o rosto entre as mãos, completamente nervoso e desesperado. Evi notou que ele estava totalmente perdido e desamparado, por isso resolveu sentar-se ao lado dele, afagando-lhe as costas.
-Eu estou aqui. Você não está sozinho.

Eles ficaram quietos e parados por um momento até que Matt se levantou e acendeu um cigarro. Manteve-se de cabeça baixa e seu pensamento parecia longe.
-Matt, acho que você precisa pensar. Eu também preciso pensar. Vou te deixar um tempo sozinho, é muita coisa...aconteceu...é muito para nós dois processarmos.
-Eu sei. Eu concordo.
Evi depositou um beijo em sua testa, afagou de leve o cabelo dele e saiu do quarto. Antes que abrisse a porta da sala e saísse, Matt a chamou.
-Evi!
Ela virou-se e esperou que ele descesse a escada. Matt, agora vestido, aproximou-se e diante dela, disse:
-Não quero que você pense que me arrependo. Não quero que se sinta culpada ou ache que estragou meu casamento. Na verdade, já estava aos trancos e barrancos faz tempo. Você...o nosso caso foi apenas o gatilho, o empurrão que faltava para que eu mesmo admitisse isso. Estou perturbado porque...bem...não é fácil. Apesar de não amar mais a Margh, foi difícil para mim vê-la sair por essa porta daquele jeito. Nós temos uma história de mais de vinte anos, ela foi minha companheira e segurou muito a minha barra quando ficou pesada, quando as coisas ficaram complicadas. Sempre me apoiou em tudo, acreditou em mim até mesmo quando eu não acreditava. E ela é a mãe de meus filhos.

Colocando as mãos no ombro de Evi, ele continuou:
-Estou preocupado com ela. Saiu daqui alucinada. Com certeza, vou ter que procurá-la para esclarecermos tudo. Não sei como as coisas vão ficar. E depois...tem as crianças. Deus, tenho tantos problemas pela frente...
Matt nunca esteve tão sério em toda a sua vida.
-Eu sei, Matt. É por isso que vou embora. Você precisa resolver a sua vida primeiro.
-Evi, quero que você saiba que...nós dois...não foi somente um caso, não é só sexo, realmente te amo e quero ficar com você. Sinto muito por ter sido tão cafajeste com vocês duas. Eu não queria machucar ninguém, mas como meu velho sempre dizia, não dá para se fazer omelete sem quebrar os ovos. Eu...agora entendo porque nunca assumi o nosso relacionamento. Era por medo. Medo de uma cena terrível como a de hoje. Por envolver tanta gente nesta confusão...Você é livre, solteira, tem o direito de escolher o que for melhor para você. Portanto, não vou te prender. Não sei quanto tempo vou levar para arrumar essa bagunça que fiz na minha vida. Se não quiser ou não puder me esperar, vou entender.
-Psiu, não precisa dizer mais nada.
Evi tapou a boca dele com a mão.
-Claro que vou te esperar. Esperei por 6 anos, por que não esperaria por mais tempo?

Ela o beijou delicadamente, logo em seguida, os dois deram um abraço apertado, permanecendo em silêncio por uns instantes. Olhando firmemente para Matt, Evi disse:
-Cuide-se, ok? Qualquer coisa que precisar, estarei à disposição. Espero-te. O tempo que for necessário.

Posto isso, ela abriu a porta e olhando mais uma vez para ele, saiu.

Matt tinha muito que fazer. Sua vida virou de cabeça para baixo em um fim de semana. Seu casamento era uma incógnita, o futuro era incerto. Ele nem sabia por onde começar. Porém, em um suspiro profundo, olhou para a casa toda bagunçada, uma perfeita metáfora de sua vida no momento. Arregaçou as mangas, tomou coragem e partiu para a ação, dizendo para si mesmo:
-Ok. Vamos recomeçar.

FIM.

Nenhum comentário: