sábado, 25 de julho de 2009

Fic: Uma noite

Titulo: Uma noite
Shipp: Mevie
Categoria: POV (Point of View), One-shot
Advertências: Contém cenas de sexo
Classificação: NC-17
Completa: [x] Yes [ ] No
Resumo: Evangeline Lilly relembra uma noite com Matthew Fox


Evi’s POV:

“Muito tempo havia se passado desde a primeira vez que desejei aquele beijo. Quantas vezes deixei de escutá-lo, absorvida em meus pensamentos, somente o observando enquanto ele falava? Às vezes me parecia em alguns momentos, que ele lia meus pensamentos e meio que de propósito, começava a me fazer gestos ainda mais sensuais.

Todos os dias, quando nos encontrávamos pelos bastidores, trocávamos olhares insinuantes, mas nunca pensei que fossemos passar disso. Até que hoje...não sei direito como tudo começou...nossos lábios se tocaram.

Pensei que na hora, quando nos aproximamos, ele iria de certa forma, desviar o rosto. Mas aconteceu. Ele segurou a minha nuca com firmeza e paralisada, eu só queria corresponder àquele beijo que já me incendiava.

Matt estava em um tour pela Europa, divulgando Lost, dando uma série de entrevistas, participando de eventos, talk-shows e programas dos mais variados tipos. Era uma rotina exaustiva, ele me contou. Eu o encontrei por um acaso (ou será por conta do destino?), andando pelas ruas estreitas e movimentadas de Madrid. E o mais estranho é que estávamos hospedados no mesmo hotel e nem sabíamos. Eu estava voltando de Paris após a divulgação de meu novo filme, mas antes de voltar aos EUA, estava curtindo minhas férias pela Europa e ele também estava de passagem pela Espanha.

Passamos o resto da tarde juntos, saímos, jantamos, bebemos um drink, depois outro, até que Matt abriu seu coração em uma conversa que nunca tivemos antes. Ele estava em crise no casamento. Não acreditava no que ouvia! Não depois de ver várias entrevistas recentes em que ele afirmava que não via a hora de se mudar para Oregon com a família. Não sei se foi por conta da bebida, ou talvez porque ele estivesse cansado demais de tanto responder às mesmas perguntas durante o tour e por estar mentindo para si mesmo, já que tava na cara que ele não estava feliz. E assim, a conversa foi fluindo e fomos bebendo...

Saímos do bar e rumávamos de volta ao hotel. Estava uma noite gostosa, a temperatura era amena. Sentia uma brisa quente que vez ou outra, passava perante minha pele. Até que...como já mencionei anteriormente, não sei direito como começou...Quando dei por mim, estávamos flertando, em um clima claustrofóbico, loucos de desejo um pelo outro!

Nossos lábios se tocaram e não conseguimos mais parar. Nos beijamos repetidas vezes. Ainda bem que o manto escuro da noite nos acobertava, eram altas horas da madrugada e o saguão estava vazio. Até que vozes se aproximaram e me fizeram parar e num gesto mecânico, consertei os cabelos que há esta altura, já estavam mais do que desalinhados. Assustada com um possível flagrante, disse para ele:
-Temos que ter cuidado, alguém pode nos ver!
Ao ouvir o burburinho se dissipar para longe de onde estávamos, Matt olhou seriamente para mim e depois soltou um sorriso tímido, olhando para a minha boca e mordendo suavemente os lábios, respondeu:
-Vamos continuar o que começamos ainda há pouco...

No elevador, quando estávamos sozinhos, ele foi bastante impetuoso, acariciando-me as nádegas e me sussurando loucuras no ouvido. Estávamos um pouco “altos” pela bebida, mas não o suficiente para não sabermos o que estávamos fazendo.

A caminho do quarto dele, imaginei que ao entrarmos, ele logo cairia em si e desistiria de nossa aventura. Mas para a minha surpresa, ele voltou a me beijar. Beijava-me o pescoço e a orelha, deixando-me totalmente arrepiada. Matt dava beijos estalados em meus lábios que já estavam entreabertos, ansiosos por sua língua até que finalmente, ele mergulhou-a em um beijo apaixonado que incendiou totalmente nossos corpos.

Meus quadris já não paravam de mexer, pressionando sua pélvis. Uma de suas coxas estava apertada entre as minhas. Eu já me encontrava louca para ser dele e por isso, comecei a esfregar ainda mais o meu corpo no dele. Ele desceu a alça do meu vestido e beijou avidamente meus seios. Colocou suavemente a mão dentro da minha calcinha até alcançar o meu centro. Pedi para retirar a lingerie, o que ele o fez prontamente. Eu abri minhas pernas, me entregando aos seus longos dedos, que tocavam meu clitóris com movimentos circulares e ritmados. Ele então sussurou no meu ouvido, pedindo-me para que abrisse sua calça. Não hesitei em abrir rápido o zíper, o membro já pulsava, querendo sair da boxer preta que ele usava.

Neste momento, com todas as carícias, eu já tinha movimentos pélvicos involuntários, eu desejava desesperadamente ser invadida! Como estávamos em pé, então ele me encostou em um canto, apoiando meu corpo diante da parede. Dispus minha perna ao redor da cintura dele até que ele encontrou a minha entrada e me penetrou.

Ávido de desejo, ele entrava e saía rapidamente em mim, me puxando com vontade em direção a ele. Procurei abrir mais as minhas pernas para acomodá-lo melhor. Senti todo o prazer invadir o meu corpo, comecei a gemer muito, meu corpo parecia arder em brasa, eu já estava no meu clímax e então, atingi o orgasmo total. Entrei em transe, tamanha excitação que me absorvia no momento, até que pude notar que o prazer também se aproximava para ele, senti seus espasmos e seus jatos em meu interior.

Ficamos grudados um no outro, sentindo os tremores e respirando ofegantes. Ele saiu devagarinho de dentro de mim e em um gesto de carinho, afagou meus cabelos e me deu suaves e breves beijos.

Depois que aconteceu, eu ficava me perguntando se aquilo não era um sonho, será que finalmente tivemos a coragem de dar voz aos nossos desejos? Percebendo a minha expressão séria, Matt me perguntou:
-Evi, está tudo bem?
-Matt...isso...realmente aconteceu?
-É verdade sim, Evi, pode acreditar. Se sente culpada?
-Não, por incrível que pareça, nem um pouco. E é isso que me assusta!

Ele, percebendo minha mente confusa no momento, segurou a minha mão e me acomodou ao seu lado na cama. Ficamos quietos, em silêncio, deitados abraçados, envoltos em nossos pensamentos. Tudo o que eu queria fazer naquele momento único e mágico era ficar ali, daquele jeito, sentindo aquele corpo macio sobre minhas costas, sentindo seu cheiro, seu gosto...Adormeci lembrando de cada instante daquela noite intensa.

Pela manhã, acordei antes que ele. Procurei levantar devagarinho e silenciosamente para não acordá-lo. Não queria que ele me visse, eu ainda não tinha condições para discutir o que seria de nós daqui para frente. Peguei minhas roupas e minhas sandálias e me vesti. Andava nas pontas dos pés, mas antes de sair, olhei para o corredor. Não podíamos correr o risco de alguém me ver sair do quarto dele, seria um escândalo!

Corredor livre. Abri a porta com o mínimo de barulho e me virei para vê-lo. Queria guardar uma última imagem, possivelmente nunca mais iríamos ter a oportunidade de termos uma noite de amor como essa! Matt dormia e sua feição era serena. Ah, como ele é lindo! E como sou apaixonada por ele! Me contive para não voltar e me aconchegar em seus braços novamente, mas a razão me chamava. Nosso relacionamento é impossível, ele ainda que em crise, é casado e não manifesta vontade de se separar. Pelo menos, não publicamente. E quanto a mim, tenho o Dom...OMG, eu...eu nem pensei nele!

Fui para o meu quarto. As horas passaram e resolvi não procurá-lo. Ele também não me procurou. Fiquei a maior parte do dia trancada no meu quarto, no meu mundo particular. A Espanha que eu tanto queria conhecer mais detalhadamente se resumiu em apenas um dia, ou melhor, em uma noite: a noite em que eu fui de Matt e ele foi meu.

Após almoçar no restaurante do hotel, foi ouvindo por alto quando passava no saguão que soube que ele tinha ido embora. Imediatamente eu quis voltar para minha suíte. Andei de um lado para o outro, chorei. É por isso que eu tinha me segurado esse tempo todo. É por essa razão que eu tinha resistido à tentação. Eu sabia que não poderia tê-lo! Sabia que era algo errado, mas não consegui me conter!

Vou fazer o check-out agora mesmo, não posso ficar mais aqui. Esse lugar me traz lembranças dele. E creio que toda a vez que vier para cá, lembrarei de nossa única noite de amor."

* * *
-Está tudo certo então? Muito obrigada!
-Senhorita, deixaram uma carta aqui na recepção em seu nome.

"Minhas mãos tremeram e me deu um frio na barriga de ansiedade: era uma carta dele, pude ver pela caligrafia com meu nome no envelope! Matt escreveu tudo o que ele sentia por mim desde que nos conhecemos e também sobre toda a avalanche de sentimentos que acabara de se passar entre nós na noite passada. Me emocionei e tive que enxugar minhas lágrimas porque o que ele dizia era exatamente o mesmo que eu estava sentindo!

Eu e Matt...nós temos essa “força”, esse efeito incontrolável que nos puxa em direção ao outro. E isso desde o começo! Não sei o que será de nós no futuro, somente sei que por hora não posso negar o que sinto e nem ele pode. Não sei como será trabalhar com ele daqui por diante, mas mal posso esperar para revê-lo!

Talvez tenha sido apenas uma noite, um affair...mas o que senti por ele, toda ânsia em ser dele, a loucura, o desejo...tenho certeza de que não vou sentir por mais ninguém nesta vida!"

FIM.

domingo, 12 de julho de 2009

Fic: A good morning

Shipp: Jate
Categoria: Missing-Scene, a fic se passa durante a 4ª temporada
Advertências: Contém cenas de sexo
Classificação: NC-17
Completa: [x] Yes [ ] No
Resumo: O que acontece depois da cena do chuveiro, no episódio SNBH




-Morning.
-Morning, yourself. I bought you a razor.
-What... you don't like the scruff?
-Razor's by the sink, Jack.

Jack caminhou em direção à pia. Sorrindo, ele pegou a nova lâmina de barbear e olhou, a examinado. Depois, olhou para o seu reflexo no espelho, e como ouviu o barulho do chuveiro se desligar (Kate tinha acabado de tomar banho), ele prontamente pegou a toalha e rumou em direção ao chuveiro. A porta do box se abriu, Kate olhou carinhosamente para Jack. Ele a embalou com a toalha, ela achou o gesto dele tão meigo que mais do que depressa, se aconchegou entre os braços dele.

-Morning.

Depois de um apaixonado beijo, Kate pegou a toalha e começou a se secar. Adoraria entrar no chuveiro com Jack, mas ela já tinha acabado de tomar seu banho e logo mais, ele iria trabalhar, além do que Aaron poderia acordar a qualquer instante, pedindo pelo seu leite matinal com cereais.

Com um sorriso no rosto, saiu do banheiro, indo em direção ao quarto. Colocou um hobby e começou a pentear os cabelos. Estava nas nuvens, tudo parecia um sonho! Sim, ele estava lá, morando com ela! Sentou-se na cama e começou a pensar nos últimos acontecimentos. Passou minutos somente pensando em tudo, em como sua vida tinha mudado e para melhor. Ela nunca tinha se sentido tão feliz em toda a sua vida.

Ainda suspirando, levantou-se e procurou um creme para passar no corpo. Massageava as pernas, os braços e depois o colo, tão distraidamente que nem percebeu quando Jack apareceu no quarto.

Ele a observava, quieto e admirado com sua beleza, estava diante da mulher de sua vida! Finalmente, ela levantou a cabeça e percebendo os olhares dele, retribuiu, fitando-o de maneira sedutora. Jack se aproximou. Ele a afagou com suas mãos fortes e grandes. Ao beijá-la, sua língua adentrou em sua boca de tal forma que ela quase perdeu o fôlego. Procurou retribuir o carinho e foi o beijando sem parar.

Ele estava somente de toalha, o que a deixava ainda com mais tesão. Jack estava incrivelmente sexy e cheiroso, tinha acabado de se barbear e exalava aquele cheiro bom de loção pós-barba.

Kate foi se abaixando até que se ajoelhou diante dele. Ela queria provar aquele homem por inteiro, mais do que nunca, estava doida de desejo. Resolveu soltar a toalha e ao fazê-lo, observou o tamanho do membro, que parecia crescer à medida em que ela o tocava. Kate continuou massageando com suas delicadas mãos até que o direcionou para a boca. Abocanhou os testículos, depois colocou o membro na boca, chupando-o. Ela procurou tirar o máximo de prazer dele. Depois de Kate o ter levado a loucura, Jack decidiu que era a vez dela ser explorada.

Imediatamente, ele a levou nos braços para a cama e entre afagos e beijos ardentes, tirou o hobby dela, enquanto passava as mãos por toda a extensão de seu corpo. Jack lambeu à vontade os seios de Kate, estimulando o mamilo com a língua. Enquanto ele sugava um mamilo, o outro ele acariciava delicadamente. Ele pressionou levemente com os dedos indicador e polegar, ajudando a enrijecer o bico, fazendo com que a região ficasse particularmente sensível. Ela se sentia arrepiada com o seu toque. Logo após, ele deslizou a mão carinhosamente até suas pernas, abrindo-as e apalpou o seu centro. Ela a esta altura, já estava molhada de tanto prazer.

Ele não tinha pressa. Primeiro, introduziu um dedo, depois, dois e em seguida, passou a usar a sua aveludada língua no seu clitóris e começou a sugar toda a região, levando-na a orgasmos seguidos e delirantes. Pouco depois, ela mal se recuperara, mas ainda queria mais. Aquele homem a tirava do sério, ela se sentia totalmente embriagada de prazer e suplicava para que ele a possuísse.

Eles recomeçaram as intensas carícias, mas não por muito tempo, estavam sedentos de paixão um pelo outro e queriam imediatamente se consumirem. Então, Jack delicadamente direciou a ponta de seu pênis na sua entrada e a invadiu. Kate sentiu o membro dele a desbravá-la, com estocadas leves mas firmes, até que ele progressivamente aumentou o ritmo, atingindo o ponto mais profundo de seu ser. Ela chegou a perder momentaneamente os sentidos de tanto prazer. Seus orgasmos se sucediam e pareciam intermináveis. Ele, por sua vez, minutos depois, não se conteve e começou a gozar.

Depois de se amarem, os dois se encontravam estirados na cama, sem ar, completamente eufóricos, seus corpos suavam e eles ardiam como se toda a energia que lhes restassem tivesse sido arrancada deles.

Alguns minutos depois, ouviram passos no corredor.
-Acho que o Aaron acordou.
-Ufa, ainda bem que ele não acordou antes!
-Mommy?
-Baby, espere um pouco, mommy está indo.
Kate levantou-se e vestiu o hobby que estava em cima da cadeira. Abriu a porta e o pegou o garoto no colo.
-Hey, bom dia meu amor!
Kate abraçou Aaron e o cobriu de beijos. Mal colocou o menino no chão, ele saiu em disparada e correu para a cama, deitando-se ao lado de Jack.
-E aí, garotão?
-Você ainda tá dormindo? Acorda...vamo bincá!
-Aaron, deixa o Jack se estrocar que ele precisa ir para o trabalho.
-Aaaaaa....
-Tudo bem, Aaron, vamos fazer o seguinte: a gente desce, toma café e brincamos um pouquinho...mas como mamãe disse, tenho que me apressar porque preciso ir trabalhar depois.
-Tá bom.
-Kate, já liguei a cafeteira, mas o café deve ter esfriado. Só precisa esquentar um pouco.
-Ok.
-Então, Aaron, preparado? Opa!
Jack colocou Aaron sobre seus ombros, levando-o de “cavalinho”. O garoto deu uma risada gostosa e os dois desceram as escadas. Kate sorria ao ver a alegria de ambos, como eles se davam tão bem! Era um alívio tão grande o fato de que finalmente Jack tinha aceitado conviver com o sobrinho, ela sabia o quanto era doloroso para ele ver o garoto e se sentir culpado por ter deixado a sua irmã na ilha.

Kate foi para a cozinha preparar o leite de Aaron. Enquanto isso, Jack e Aaron estavam na mesa desenhando e pintando.
-Óia, mommy, meu desenho, ficou bonito?
-Oh, está lindo querido! O mesmo não posso dizer do desenho do Jack.
-É, isso é verdade. Desenho realmente não é o meu ponto forte.
-O do Aaron tá muito melhor!
-Eba!
Os três se divertiam, eram uma verdadeira família, apesar das circunstâncias adversas.

Kate começou a dar a papinha para Aaron. Enquanto isso, Jack tomava uma xícara de café e olhando docemente para Kate, levantou-se e preparou uma xícara para ela, juntamente com um copo de suco de laranja.
-Jack, com leite e dois cubos de açúcar, ok?
-Ok. Prontinho.
Ele colocou sobre a mesa a xícara de café e o copo de suco ao lado.
-Pode deixar que eu termino de alimentar o Aaron.
-Mas assim você vai chegar muito atrasado!
-Tudo bem, eu ligo avisando. Minha secretária, a Jane, sabe como eu sou com os meus horários...Não se preocupe, vai dar tempo.
-Óia, minha nave tá aqui! Pega, pega para eu?
-Ela estava no chão da cozinha e dei um belo tropeção nela hoje de manhã. Eu pego para você, mas tem que me prometer que vai comer tudinho, hein?
-Eu pômeto!
Depois que Aaon comeu tudo, Jack foi correndo trocar de roupa. Desceu apressadamente as escadas e ainda vestindo o paletó, foi até a cozinha se despedir.
-Bem, vou indo...bye, Love.
-Bye.
Kate o olhou carinhosamente e lhe deu um terno beijo de despedida. Jack parou diante dela e deu um olhar profundo.
-O que?
-Nada. Só que...I Love you.
Kate abriu um grande sorriso, mas o momento foi interrompido por Aaron, que agarrou na perna de Jack. Ele, por sua vez, abaixou-se e deu um grande abraço no garoto.
-Vê se fica bonzinho. Prometo que vou te dar um livro novo de historinha de presente.
-Eeeeeeeee!!!!!!
Jack deu uma piscada para Kate e saiu. Quando abriu a porta do carro, Kate apareceu na varanda da entrada.
-Hei!
-O que foi, esqueci de alguma coisa?
-Não. Só que...é que...I love you too!!!

FIM.







quinta-feira, 9 de julho de 2009

Fic: O par ideal

Shipps: Huddy, com umas pitadas de Chameron
Categoria: One-shot, a fic se passa durante a 3ª temporada
Advertências: Contém cenas de sexo
Classificação: R
Capítulos: 1
Completa: [x] Yes [ ] No
Resumo: House descobre um segredo de Cuddy, enquanto a equipe tenta solucionar mais um caso médico de difícil diagnóstico


-Simon, vamos logo! Deste jeito, vamos chegar atrasados na escola!
-Já vou mãe!
O garoto desceu as escadas correndo e tropeçou. No mesmo instante, a pele da perna ficou imensamente roxa.

* * *

Uma fina garoa cobria a rua quando House chegou com sua moto no estacionamento do hospital. Mais um dia começava. Pegou sua bengala e caminhava vagorosamente em direção à entrada. Mal adentrou na recepção, sacou do bolso seu inseparável pote e dispejou na mão o corriqueiro Vicodin. Entrou na sua sala e não demorou 2 minutos, sua equipe surgiu eufórica disparando informações sobre um novo caso médico.
-Simon, garoto de 7 anos, sofreu uma queda hoje de manhã. A pele da perna está roxa desde então. Aos 6 anos, ele também sofreu uma contusão, começou a mancar, usou bota ortopédica e...
-Blá, blá, blá...Quando vocês tiverem um caso interessante, por favor me avisem porque hoje acordei incrivelmente cansado e não estou a fim de clinicar. – House interrompeu Cameron.
-Deixe-me continuar! Como eu ia dizendo, o quadro dele piorou e resultou em uma osteonecrose da cabeça do fêmur esquerdo, o que deixou uma perna maior que a outra. Então ele passou a usar uma prótese nos quadris. E depois de qualquer contusão, a pele dele fica roxa por muito tempo. Os pais o levaram para uma série de médicos diferentes, mas ninguém consegue descobrir o que o filho deles tem.
-Dor na perna, o que é isso, é uma piada? Pode receitar para ele um “pote mágico” igual ao meu e BINGO!!! – House sacudiu o seu pote de Vicodin e sentou-se todo esparramado na cadeira, ignorando o que Cameron acabara de relatar.
Neste momento, o bip de Foreman, Chase e Cameron tocou. Os 3 correram para o quarto e o menino estava se contorcendo na cama. Logo após, o garoto começou a gritar.
-Simon, Simon, o que você está sentindo? - Chase acudia o menino.
-Eu não estou te ouvindo direito!!!

* * *

-Simon sofreu um AVC e ficou surdo do ouvido esquerdo. – Foreman relatou o ocorrido.
A equipe e House estavam na sala discutindo o caso.
-Hum...vamos ver o que temos até agora. - House se dirigiu a lousa branca para escrever.
-Crises de dor óssea, deterioração dos ossos, manchas roxas. O que mais?
Chase começou a falar:
-Fizemos exames de sangue e as amostras constataram redução no número de plaquetas e anemia, além do que, o garoto aparenta cansaço intenso.
-Alguma sugestão?
-Ah...leucemia? – Chase arrisca um palpite.
-Por causa do sangue você quer dizer...mas e quanto ao resto? Que tal se fizermos uma tomografia e ressonância para checarmos as lesões geradas pelos enfartos ósseos? Foreman, você se encarrega disso. Chase, faça um hemograma mais detalhado e Cameron, vá examinar o garoto para ver se ele apresenta outros sintomas.

* * *

House resolveu ir na sala de Cuddy. Fazia uns dias em que ele não enchia o saco dela, então, já estava mais do que na hora. Entrou na sala de repente. Cuddy se assustou. House notou que ela estava muito distraída olhando para o computador, com jeito de que estava fazendo algo secreto. Ele deu a desculpa de que um grupo de médicos que faria palestras lá no hospital a aguardavam lá na recepção, só para que ela saísse da sala. Cuddy acreditou na mentira dele, House mais do que depressa foi mexer no computador. Ele abriu o histórico e notou que ela estava nagegando em um site “ Encontre o seu parceiro ideal”. Fuçou a página e encontrou um perfil de Cuddy:
-Morena, olhos verdes...Faltou falar dos peitões e do bumbum empinado, Cuddy, não sabe que a propaganda é a alma do negócio? – House lia sozinho em voz alta, com o seu sarcasmo costumeiro.
Ao ler o resto, desatou a rir. Pegou um papel e anotou a url do site.

* * *

Foreman tratou de fazer os exames no garoto. Enquanto isso, Chase e Cameron caminhavam pelo corredor.
-E então?
-Então o que?
-Você sabe...hoje é terça-feira.
Chase olhou para ela de um jeito carinhoso.
-Sim, eu sei, mas hoje não vai dar.
-Por que?
-Hoje eu não estou a fim. Só porque saímos nas últimas terças não quer dizer que tenhamos que sair todas as terças-feiras. – Cameron respondeu de um modo ríspido e entrou na sala de exames, deixando Chase desapontado.

* * *

-Então, Simon, como você está?
-Estou com dor, muita dor.
-Dói aonde?
-Tudo...minha perna, minha barriga.
-Deixe-me verificar.
Cameron tateou a barriga do garoto, que deu um grito de dor. Ela notou que o abdômen estava inchado. O nariz de Simon começou a sangrar.

* * *

House estava sozinho em sua sala. Aproveitando, resolveu entrar na Internet, no site dos encontros. Decidiu zoar com a cara de Cuddy, fazendo um perfil fake com várias características que se encaixavam no que ela tinha descrito no perfil dela, só para que o sistema do site os considerasse compatíveis. Alguns minutos depois, ele recebeu uma mensagem: era Cuddy, dizendo que tinha lido o perfil dele e gostado. Se passando pelo fake, House engatou um bate-papo com Cuddy, que nem desconfiava de quem se tratava. A cada frase, House ria ironicamente até que Cuddy decidiu marcar um encontro. Ele hesitou por uns instantes, não imaginava que ela estivesse tão desesperada a ponto de marcar um encontro com um estranho da Internet. Mesmo assim, resolveu marcar. Depois, ele pensaria em uma desculpa para cancelar o encontro.

* * *

-Vamos acrescentar mais sintomas ao quadro: sangramento no nariz, dor e distensão abdominal. O que mais?
-Os exames posteriores indicaram um aumento do baço e do fígado. – Foreman relatou.
-Histórico familiar?
-Nada de anormal que influencie o estado do paciente. – mal Chase terminou de falar, eles foram bipados.
A irmã de Simon reclamava de dores nos ossos e estava inchada e com manchas roxas iguais ao do irmão.

* * *

A equipe se reúne novamente na sala para discutir o caso.
-Nada de anormal, hein? A irmã está indo pelo mesmo caminho, o que indica que possa ser algo genético. – House alerta.
-Ou ambiental, vide que os dois convivem juntos. – Cameron dá a sua opinião.
-É, mas os pais também convivem e não apresentam os sintomas. –Foreman observa atentamente.

* * *

Hora do almoço...
-O que é que você andou aprontando ontem à noite para ficar com essa cara, Wilson? Por um acaso você não chamou uma de minhas “amigas profissionais”?
-Não fiz nada ontem, passei a noite em claro. Acho que que comi alguma coisa que não me fez bem, minha digestão está péssima e...
-Digestão...
House sai correndo subtamente do refeitório, deixando Wilson com cara de interrogação.

* * *

Todos estão reunidos na sala quando House discute sua hipótese:
-Doença de Gaucher: uma mutação genética que impede a produção de uma enzima no lisossomo, que é responsável pela digestão celular. As moléculas não digeridas se acumulam dentro das células, que por sua vez se ajuntam nos órgãos e atrapalham o seu funcionamento, causando esses sintomas descritos na lousa.
-Mas isso é muito raro, quantos casos já tiveram? – Chase questiona.
-Estima-se que cerca de 1 em cada 40 mil pessoas nasçam com a doença. Menos de 6 mil casos foram diagnosticados no mundo. Pelos menos, os sintomas se encaixam. Vamos começar o tratamento para ver se o garoto e a irmã respondem. Façam uma infusão intravenosa com uma dose da enzima durante uma hora. Depois, distribuam a mesma dose durante 3 horas para que o organismo não rejeite.
Mais tarde...
Os irmãos responderam bem ao tratamento. Mais uma vez, House estava correto em seu diagnóstico. E assim termina mais um expediente no hospital.

* * *

Cuddy chegou em casa e resolveu se arrumar para o encontro. Estava ansiosa para ver se encontraria um homem decente. Amigas tinham conseguido arranjar companhias interessantes e indicaram o site para ela. Não sabia se daria certo ou não, mas precisava desesperadamente sair com alguém. O cara parecia ser muito agradável. Mal sabia ela que era o House.
Chegou no restaurante e sentou-se na mesa para 2 que tinha reservado. Usava um vestido preto decotado. Enquanto aguardava olhando para o nada, eis que surge House.
-House, o que você está fazendo aqui?
-Eu estava passando pela calçada e de repente vi você. Resolvi entrar.
-Desde quando você é adepto à caminhadas?
-Desde que tenha uma tabacaria com ótimos charutos na esquina.
Ele decide se sentar.
-Ah, tá. Então...ok...você me viu, veio me atazanar e pronto. Agora pode ir.
-Por que a pressa, por um acaso você está me expulsando?
-House, não começa vai. É que...
-Ó, que estupidez a minha! Você, neste restaurante, com esse decote todo? É claro que está esperando alguém!
-Estou sim.
-E quem é o felizardo?
-Não é da sua conta! Agora vai!
-Tô indo.
Ele se levantou e saiu do restaurante. Mas não conseguiu ir embora e nem teve coragem de entrar lá e dizer a verdade. Ficou parado do outro lado da rua, só observando.
Duas horas depois, Cuddy se dá conta de que tomou um bolo e sai cabisbaixa do restaurante. House ia se esconder, mas ela o viu.
-Hei, o que você está fazendo ainda por aqui?
Sem saber o que dizer, ele já começa a formular uma desculpa, mas Cuddy interrompe o seu raciocínio.
-Espera aí, você estava me espionando? House, não se faça de desentendido, o que foi que você está aprontando?
-Tá certo, desisto. Eu sei de tudo.
-De tudo o que?
-Do site “ Encontre o seu parceiro ideal”...Quanta besteira! Eu esperava mais de você, Cuddy!
-Mas como é que é? Já sei, a minha sala...você estava lá hoje de manhã! É por isso que fui à recepção e me disseram que os palestrantes nem tinham chegado! Você...você mexeu no meu computador? Chega, House, desta vez você extrapolou! Isso não tem graça! Então era você o tempo todo? Você estava tirando uma com a minha cara?
-Eu passei dos limites? Você é que enlouqueceu, onde já se viu, entrar em um site desses?
-Me polpe, House!
-Cuddy, espera!
Cuddy saiu em disparada, ela não queria chorar na frente dele. Estava se consumindo de ódio por dentro.

* * *

Cameron chega em casa e dá um suspiro: estava cansada, o dia tinha sido exaustivo. Resolveu tomar um banho quente. Após pentear os cabelos, sentou-se na cama ainda de toalha e retirou uma foto de dentro da gaveta. Ela estava com uma feição triste, a foto era de seu marido, que naquele dia completava mais um ano de aniversário de morte. Deixou cair algumas lágrimas, mas enxugou o rosto e decidiu sair.
-Cameron? Pensei que você tivesse me dito que não estava a fim.
-Terça-feira, Chase.
-Não são todas as terças...
-Mas talvez essa seja!
Ela o empurrou para dentro de casa e os dois fecharam a porta, aos beijos.

* * *

Em outro canto da cidade...
Cuddy estava arrasada. Toma umas doses de whisky para tentar conter a raiva que está sentindo de House. Ele definitivamente tinha passado dos limites em suas brincadeiras. Retirou os sapatos de salto e os deixou ali mesmo, perto da porta. Esparramou-se no sofá e fechou os olhos. A campainha tocou. Ela não ia atender porque sabia quem era aquelas altas horas da noite.
House não tirou o dedo da campainha, bateu na porta, a chamou. Ela não atendeu. Ele decidiu vencê-la pelo cansaço, a irritando com o soar ininterrupto da campainha. Não agüentando mais e sabendo que ele não ia desistir, ela resolveu abrir a porta.
Cuddy o encarava de forma séria e não disse uma palavra. Nem precisava, os olhos dela pareciam cuspir fogo.
-Posso entrar?
Ela continuava sem dizer uma palavra. House entrou na sala e fechou a porta.
-Sinto muito. Ou melhor, não sinto. O que você estava pensando, arranjar um pretendente pela Internet? Qual é, Cuddy? Isso é coisa de adolescente, eu sei que você dá de 10 em muita menininha por aí, haja vista o que os seus decotes me revelam o tempo todo... mas, você deveria me agradecer, já pensou, poderia ser qualquer maluco ou serial killer...
-Poderia não, é um maluco! Por que você fez isso? Você...você parece que sente prazer em estragar a vida dos outros, sente feliz em ver a desgraça alheia só porque a sua vida é uma desgraça! Você e seu “ar de superioridade”! Me achou medíocre? Pois bem, quer saber, dane-se! Veio até aqui curtir com a minha cara, tá satisfeito?
Cuddy começou a chorar de raiva, ela estava o expulsando de casa.
-Só queria dizer que você não precisava disso...
-Sai daqui agora!
Ela o empurrou e House se desequilibrou, esbarrando na estante e deixando cair a bengala.
-Oh, meu Deus, você está bem?
Cuddy se inclinou para ajudá-lo a se levantar e ao se abaixar, seu decote revelou parte do seio que teimava ficar à mostra. Com aquela visão, House não resistiu e a puxou, caindo ambos sob o tapete. Ela estava por cima, ele colocou as mãos por entre os cabelos dela, dando-lhe um tórrido beijo. Ambos sucumbiram ao desejo e ali mesmo, no chão da sala de estar, despiram-se. Trocaram beijos intensos, House finalmente tocava e sugava os seios dela, enfim livres do decote e do sutiã rendado, aquela parte que ele passava o dia inteiro tentando enxergar cada pedacinho. Ele podia mandar e desmandar o tempo todo no hospital, mas naquela hora, ela estava efetivamente no comando da situação. Ela cavalgava e o subjulgava, o enlouquecia de tanto tesão. E neste instante, ela era a “chefe”!

No dia seguinte...

House chegou ao hospital atrasado como sempre. Estava com o cabelo molhado e desgrenhado. Andou em direção ao elevador, a porta estava quase se fechando, mas com a ponta da bengala, ele fez com que se abrisse. Ao entrar no elevador, deu de cara com Wilson. Cuddy estava ao lado do amigo, também com o cabelo molhado. Wilson ficou com uma expressão estranha, House e Cuddy estavam meio desconcertados. House foi para a sua sala, Wilson o seguiu.
-O que foi, Wilson? Por um acaso, você está me seguindo?
-Eu? Ah, não...só queria perguntar uma coisa: o que aconteceu entre você e a Cuddy?
-Eu e a Cuddy? Da onde você tirou isso?
-Cabelos molhados, o mesmo cheiro de shampoo...só estou seguindo o seu método de observação.
-Mesmo cheiro? Que coisa hein, deve ser por causa da promoção, ela provavelmente comprou shampoo no mesmo lugar que eu.
-Sei sei...

FIM.