quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Fic: A verdade está na ilha-Capítulo 2: O informante

Jack dirigia pelas ruas de LA à noite. Estava voltando daquele encontro “surpresa” com Ben Linus. Afinal, como Ben sabia que ele estaria ali na funerária? De certo, parecia que todos os Oceanic 6 estavam sendo vigiados desde que saíram da ilha. Não conseguia entender com Ben sabia de tudo que se passava come eles; cada um estava em um canto e como ele soube do paradeiro de todos?
Seu pensamento estava a 1000 com tantas perguntas. Só conseguia dirigir sem rumo, ao som de Pixies e Nirvana (estava em uma fase revoltada da vida)! Não queria voltar para casa e correr o risco de beber. Será que o ex líder dos outros conseguiria ajudá-lo a voltar à ilha? E o mais difícil: reunir a todos?
Naquela noite, Jack havia ajudado Ben a retirar Locke de dentro do caixão. Colocaram-no dentro de um saco de dormir que estava no porta-malas do carro de Ben. Este havia planejado tudo, pois trouxe além do saco, areia para colocar dentro do caixão e fazer peso em substituição do corpo:
-E se abrirem o caixão?
-Eles não irão abri-lo, Jack...Afinal, quem é que vai querer saber de olhar para o corpo de um pobre coitado que nem sequer teve um parente no seu velório? Além do mais, essa funerária é de 5ª categoria, visto que a invadimos facilmente nesta noite e nenhum alarme ou vigia apareceu, certo?
-Ok. Então, como faremos? Como iremos voltar à ilha?
-Calma, Jack. Tudo tem seu tempo. Eu entro em contato.
-Mas você sabe onde estou morando? Eu...
-Claro! Eu sei de tudo o que acontece. Eu sempre sei Jack. Até logo!

-Mulder?
Scully chegou em casa e viu Mulder totalmente compenetrado. Estava com pilhas e pilhas de papel espalhadas pela sala.
-Mas você não toma jeito, hein? Isso aqui tá parecendo aquele seu velho apartamento, lembra? Você até dormia na sala porque o quarto era totalmente bagunçado!
-Hein?
-Qual é o projeto dessa vez?
-Scully, você não vai acreditar mas dessa vez a coisa é grande! Se o que estou lendo aqui for verdade, esse caso é perfeitamente um arquivo x.
-A-hã! Ah, Mulder, estou muito cansada hoje e é só por isso que não quero discutir com você. Vou dormir.
Mulder não tirava os olhos dos papéis. Deixou cair um pequeno pedaço de papel amarelo no chão. Pegou-o rapidamente.
ENCONTRE-ME NO ESTACIONAMENTO DO PRÉDIO DO CENTRO COMERCIAL STAMYLER, AS 11:00 PM. TENHO MAIS INFORMAÇÕES.
Olhou no relógio, eram 9:30 da noite. Dava tempo de ir até o encontro. Mulder hesitou em ir, poderia ser uma armadilha, quem sabe do FBI, para pegá-lo! Não iria se arriscar. Ma por outro lado, e se realmente fosse um encontro com um informante? Lembrou-se que tivera tantos informantes anteriormente: Garganta Profunda, X, Marita Covarrubius... Foi dormir, porém não conseguiu. Aquela história toda não saía da sua cabeça.
Resolveu sair de mansinho, não iria avisar Scully pois não queria deixá-la preocupada. Mesmo assim, deixou algumas informações em casa para no caso de algo acontecer com ele, Scully ter como rastreá-lo. Chegou no estacionamento um pouco antes do horário. Olhou em volta, não havia ninguém. De repente, ao virar-se viu a figura de um homem alto, magro, negro e careca, vestindo terno preto.
-Quem é você?
-Meu nome é Matthew Abbadom, sou seu novo informante.
-Por que resolveu me procurar, como me achou?
-Te procurei porque você é a pessoa certa para o caso.
-E por que eu acreditaria em toda aquela história?
-Você tem a mente aberta, sempre acredita não importa quão bizarro seja o fenômeno ocorrrido.
-E se eu disser que não acredito em você? Por que me envolveria nesse caso?
Matthew revelou a Mulder o porquê, deixando o ex-agente perplexo.

TO BE CONTINUED...

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Fic: A verdade esta na ilha-Capítulo 1-A verdade precisa ser revelada

Titulo: A verdade está na ilha
Autora: Polly Covington
Shipper: Jack & Kate, Mulder & Scully
Censura: 12 anos
Gênero: Ficção cientifica, suspense, drama/romance, ação
Outras fics: Essa é a minha 1ª fic, portanto me desculpem se ainda não peguei muito o jeito de escrever. Mas podem me dar dicas, opiniões, comentários, críticas, ok?
Disclamer: Kate se vê obrigada a voltar à ilha depois de certos acontecimentos estranhos envolverem Aaron. Jack se esforça para se livrar do vício, mas será que voltará a ser o líder de antes? Ao mesmo tempo, Mulder e Scully se deparam com pistas sobre o possível paradeiro de seu filho William: uma ilha misteriosa.

Personagens:
-Jack & Kate, elenco de Lost
-Fox Mulder: ex-agente do FBI. Era responsável pelo departamento conhecido como Arquivo X, investigando casos sem solução geralmente relacionados com atividade paranormal, extraterrestre ou com entidades sobrenaturais. Mulder entrou no FBI motivado pelo fato de sua irmã Samantha ter sido raptada por alienígenas quando ele era pequeno. Durante anos, investigou diversos casos e sempre teve fé, não importando quão estranho fosse o fenômeno. Julgado pelo FBI, não conseguiu reunir provas suficientes e tornou-se foragido.
-Dana Scully: médica, portanto, mais voltada para o lado da ciência, Scully foi designada para trabalhar com Mulder para desacreditar os métodos do agente. Por várias vezes, entrou em divergência com ele por apresentar opiniões diferentes, porém com o passar do tempo passou a acreditar em muitas coisas, tornando-se fiel parceira de Mulder. Os dois agentes acabaram se envolvendo romanticamente, porém sempre de maneira discreta. Scully não podia ter filhos, mas ninguém sabe como, engravidou e teve William. Quando bebê, era capaz de “mover” os enfeites do berço só com o olhar. O garoto passou a ser perseguido por todos os lados, pois parece ser especial, um milagre. Então a agente decidiu dar o filho para a adoção para protegê-lo.

Capítulo 1: A verdade precisa ser revelada

Kate chegou em casa exausta. Estava com as mãos ocupadas com sacolas, tinha voltado do mercado. Colocou as compras na mesa da cozinha e chamou a babá. Ao vê-la, logo perguntou sobre Aaron:
-Onde está o meu filho? Ele está dormindo?
-Não senhora, ele está lá em cima no quarto brincando.
-Já irei lá então. Você pode ir agora. Obrigada por tudo.
-Até mais.
Subiu as escadas e foi correndo dar um abraço no menino.
-Olá filhote!
-Oi mamãe.
-Eu sei que você está brincando agora, mas vamos descer um pouquinho? Você deve estar com fome, não?
-É, um pouquinho...
Os dois desceram e foram direto à cozinha. Kate preparou uma sopinha e colocou o pratinho em cima da mesa para esfriar um pouco antes de dar a Aaron. Enquanto isso, guardou alguns mantimentos que havia comprado no mercado. Ao virar-se para pegar o prato, o mesmo não estava mais em cima da mesa. Ela olhou surpresa, pois tinha certeza que tinha o colocado ali. Não havia ninguém mais na casa e Aaron estava sentadinho no cadeirão. Olhou rápido pela cozinha e viu que o prato estava em cima do fogão. Achou estranho, mas pensou “ah, devo estar meio louca e me confundi”. Kate então resolveu dar a sopinha ao seu filho, que a olhava e sorria.

Enquanto isso, em uma cidadezinha remota....
Mulder estava entediado. Já havia fuçado tudo quanto é jornal, site e não encontrava nada de interessante, nenhuma notícia relatando casos extraordinários, eventos estranhos, enfim nada que se enquadrasse como um arquivo x. Estava deitado, jogando lápis para o teto de tanto tédio quando ouviu um barulho.
-Scully, é você?
Foi então que notou um envelope branco embaixo da porta. Correu para pegá-lo. Ao abrir, retirou vários papéis e fotos. Mulder abriu a porta para ver quem tinha colocado o envelope ali, mas não avistou ninguém. Sentou-se no sofá e resolveu ler. Era praticamente um dossiê sobre uma ilha misteriosa localizada em algum lugar próximo ao Pacífico. Havia dados sobre o acidente com o vôo 815 da Oceanic. Mulder logo pensou “a-hã, sabia que aquela história dos Oceanic 6 estava mal contada”!
Ficou ali parado durante horas, obcecado e super interessado no que estava lendo.

* * **
TO BE CONTINUED...

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Relação mal resolvida ou relação não resolvida

Uma das piores coisas que existem no tocante a relacionamentos é a chamada “relação mal resolvida ou relação não resolvida”. Conselho de quem vivenciou: resolva! Por mais que você queira deixar para lá, quanto mais tarde é pior. Quando você vê casos de pessoas que pulam de um relacionamento para outro, logo vem a pergunta: “como essa pessoa consegue se desvincular dos sentimentos que tinha pelo ex tão rápido? Embora possa parecer estranho, é melhor terminar de uma maneira bem dolorosa (com direito à briga, discussão, decepção e muito choro) do que terminar “numa boa”, sem ressentimentos, pois estes na verdade são os resquícios de algo que ainda não acabou e que mais cedo ou mais tarde virão à tona. Quando você briga com alguém, fica com raiva e desprezo pela outra pessoa. Depois, quando rompe relações, no início pode parecer o fim do mundo; você vive o tal do “luto” do fim de caso. Esse luto pode demorar pouco ou anos, até que a pessoa esteja pronta para iniciar uma nova relação. Mas, se a relação termina de forma amistosa, você não fica com raiva e nem ódio, logo fica bem mais difícil de esquecer alguém, já que esse praticamente nada fez para que você deseje esquecê-lo. Aí surge o relacionamento não resolvido, pois não colocou-se um ponto final nesta história.

Esses restinhos de sentimentos...hum...poderão provocar turbulências futuras, ainda mais se você já arranjou outro pretê. É só acontecer alguma coisa que já vem aquele deja-vù do cara anterior. Aí começam aqueles pensamentos cruéis “pô, será que eu fiz a coisa certa de trocar o ex pelo atual?” “Se fosse o fulano, aconteceria isso e aquilo” “Ele me apoiava tanto...” “Funcionávamos bem juntos!” E a inevitável pergunta: “por que mesmo a gente terminou?” Aí, minha filha, batata, pois se a separação foi amigável, provavelmente nenhum dos dois vai lembrar de imediato por que terminaram, já que praticamente não terminaram conforme manda o figurino. O melhor a fazer nesta situação é PARAR. Por mais doloroso que seja, dê um tempo no pretê atual e vá resolver a situação. Se por um acaso você disser “ah, para que, está tudo ok com esse agora, por que vou mexer em feridas antigas?” pode esquecer, pois na próxima oportunidade com certeza vão surgir novamente as mesmas perguntas de outrora, comparando um com o outro e a dúvida de como seria se não tivesse terminado com o ex? O melhor é fazer um “tira-teima”. Reencontre a relação não resolvida e descubra se ainda rola química. Analise bem e meticulosamente, pois o que você sentir pode não ser mais atração, mas sim respeito, carinho, ternura, gratidão e saudades dos bons momentos que passaram juntos.

Veja se o encontro flui naturalmente, pois se houver um desconforto, tipo nenhum dos dois estando “à vontade”, já era. Um requisito básico para um relacionamento dar certo é intimidade e espontaneidade. A partir do momento em que vocês não tem nada mais em comum, não conseguem conversar sobre desde coisas banais até papos sérios, já era. Se a conversa ficar travada, quer dizer que vocês ficaram artificiais e perderam a capacidade de surpreender um ao outro, de serem livres e espontâneos. Durante o encontro com o ex, se está chato e um não tem o que dizer ao outro, você sentirá falta do atual e até saudades e descobrirá o quanto ele é importante para você agora. E assim terá resolvido o relacionamento que antes era mal-resolvido. É melhor resolver logo do que ficar na dúvida, pois quanto mais tempo demorar para decidir, mais forte ficará a lembrança do ex, como se ele fosse um fantasma, uma alma penada que precisa encontrar o seu caminho, ou seja, ele ficará infernizando a sua vida até você resolver a situação.

O ser humano tende a maquiar muito as suas lembranças com o passar do tempo. Tudo fica mais bonito, esquece-se dos tempos ruins e sobram apenas os bons momentos. Por isso que tendemos a achar o ex melhor que o atual e quanto mais demorar para resolver, mais o ex parece melhor!

Tome coragem e resolva! A sensação é ótima! Você se livra de um peso nas costas e corre para o atual e faz de tudo para provar para ele o quanto o ama. E desta vez você terá certeza. O gostinho das pazes será muito mais prazeroso. Agora, se no encontro com o ex foi “aquela química” e um frio na espinha, pense bem, se não for saudades dos tempos antigos, se for algo atual, prepare-se... Dê um pé no pretê atual e volte para o ex!

sábado, 16 de agosto de 2008

Sour sour sour

Momento de histeria: quero ter um micro só para mim! Estou cansada de falta de privacidade! Tenho uma pasta com um monte de fotos, é pessoal já q até tem o meu nome. E não é q peguei meu pai e minha irmã hj fuçando o conteúdo? Q ódio, se tem coisa q mais odeio é gente cuidando da minha vida! E ainda reclamam, ah mais tem um monte de foto do Matthew Fox (Jack) do Lost, por que não tem foto de mulher (me poupe, aqui em casa somos 3 mulheres contra um homem e ainda quer q eu coloque de papel de parede fotos de mulher). A minha irmã e ele ficam reclamando, "ah mas essa foto não tá legal!", com coisa q eu permiti q eles vissem as fotos! Deu uma vontade louca de expulsar todo mundo do quarto! Se querem fotos, busquem eles!

Eu não aguento gente q critica os outros mas não faz nada, só mete o pau em tudo e não faz nada melhor q a pessoa criticada!

O pior é que logo cedo hj tive q aturar um pentelho idiota na aula de Inglês! A prof perguntou "What were you doing during the best part of your last vacation?" Eu disse: " I was resting, sleeping..." Tinha outra pergunta no texto: "What were you doing last Sunday at noon?" Eu disse: "I was sleeping, because it was raining and very cold last Sunday." O intrometido falou rindo: "Nossa, vc só faz isso, só dorme..." Ai q ódio desse sujeitinho! Quem é ele afinal, ele entrou na sala neste semestre, me conheceu somente na semana passada e ainda vem fazer piada? Detesto gente q se mete na minha vida e ainda por cima nem tem intimidade e nem é meu amigo! Deveria ter dito: " Take care of your life!"

Esse cara se acha o bom, diz q vive rodeado de amigos, tem banda e só porque faz Publicidade e Propaganda, se acha o máximo, diz q quer abrir uma agência e não trabalhar nessas q existem por aí....vê se pode! O meu consolo é q ele definitivamente não tem um bom Inglês!!HAHAHA!

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Sobre um amigo

Registrei durante anos muitos acontecimentos, mas talvez muita coisa tenha sido “esquecida”. Por mais que se queira seguir em frente, às vezes a vida nos faz lembrar de alguns momentos que estavam guardados dentro de nós, no fundo da memória. Isto é sobre você, meu amigo. Justo a pessoa mais importante não poderia não ser mencionada. Foram 4 anos difíceis, mas suportáveis graças a uma pessoa que não se importou em se anular e fazer sua vida girar em torno de outra pessoa. Éramos tão jovens e tão puros! Que saudades! Não havia malícia, éramos tão românticos e castos! Sempre acreditei que duraria para sempre e que nunca te esqueceria. Imaginava que no meu futuro com certeza você estaria presente. Como não poderia estar? Tantas lágrimas foram derramadas e enxugadas por ti, sempre tão prestativo e gentil, sempre com o ombro confortável para me apoiar nas horas difíceis.

Quanto desespero, medo e insegurança compatilhamos? Éramos duas pessoas descobrindo a vida, não sabíamos nada e nem metade do que viveríamos, poderíamos imaginar. Não precisava dizer nada que você já entendia que eu não estava legal, que estava triste. Bastava ficarmos em silêncio, eu aos prantos e você somente me abraçava, me consolando. Brincávamos, ríamos, quantas descobertas, quantos problemas ajudamos a solucionar um para o outro? Aliás, você solucionava os meus problemas, com todas as minhas neuroses, você esteve ao meu lado o tempo todo. Como combinávamos, como éramos perfeitos um para o outro! Você me dava segurança.

Os passeios de mãos dadas, a rua, a porta de casa, o prédio. As músicas que curtíamos. A amizade ficando cada vez mais forte, intensa, grande identificação até virar colorida e transformar-se em amor. Um amor diferente, puro, doce. É impossível descrever todos os nossos momentos juntos, pois foram inúmeros. O tempo foi passando e nós fomos crescendo. Novos e mais complicados problemas pessoais foram surgindo, mas mesmo assim você é a lembrança mais linda e forte que tenho daqueles tempos tristes e nebulosos. Eu não teria chegado até aqui sem você, meu caro, meu querido.

Todos diziam que éramos feitos um para o outro e eu concordo. Porém, quatro anos se passaram e a nossa relação se metamorfoseou neste tempo. Eu cresci, você cresceu. De repente, não éramos mais tão doces, tão inocentes e tão puros. Não bastavam mais os passeios de mãos dadas, as conversas existenciais, sentarmos na calçada afagando o cabelo um do outro, os beijos doces, o abraço romântico, deitarmos e olharmos para as estrelas. O tempo passa para todos e ele foi implacável conosco. Não podíamos mais parar no tempo, fingir que nada mudou, agirmos como outrora. Não dava mais para continuarmos tão jovens. Eu precisava tomar novos rumos, precisa seguir em frente, conhecer novas pessoas e desafios e principalmente resolver meus próprios problemas sozinha. A vida me cobrou amadurecer.

Não dava mais para continuar fugindo do meu destino e dos meus problemas. Não era justo comigo e nem com você. Eu não tenho o direito de fazer alguém viver em função de mim. Nossa relação teve que se desfazer, pois estava prejudicando a mim, que não conseguia amadurecer e enfrentar meus problemas sozinha e prejudicando a você, que não cuidava de sua vida porque se ocupava de cuidar da minha.

No início não queria de jeito nenhum aceitar que não dava mais para ficarmos daquele jeito. Sempre acaba, um dia. Infelizmente precisa acabar. Quem você conhece, adulto que mantenha uma amizade forte com o sexo oposto e ao mesmo tempo tem um relacionamento sério com alguém? É muito difícil, ou você é livre e solteira e tem um amigão ou você tem amigos, mas não tão intensos e um parceiro. Isso acontece porque a amizade colorida exige exclusividade e dedicação plena um com o outro. É utópico achar que as coisas duram para sempre.

Sinto muito o que aconteceu com a gente. Sinto saudades. Pensei que não fosse conseguir, mas consegui. Um olhando para o outro, em direções opostas, feito um duelo. Não precisamos dizer muita coisa, já sabíamos o que era para acontecer. Nunca esquecerei deste último momento, não há palavras, não houve naquela hora. Apenas um olhar. A amizade virou amor, o amor virou afeto, respeito, carinho, desejo e...voltou a amizade. Depois a rotina, o tédio e a vida, o destino teve que agir e nos separar. Precisávamos viver novas experiências, o nosso tempo de estarmos juntos havia se esgotado. A Joe (Dawson´s Creek) disse uma coisa muito importante sobre a amizade-amor dela com o Dawson. Ela disse que precisava se descobrir, precisava de fazer isso sozinha. Ela queria e precisava de alguém, de um relacionamento onde ela soubesse exatamente onde ela começa e onde o outro termina. Ela e Dawson eram tão ligados e tão amigos que pareciam ser uma só pessoa e não havia esse limite, essa independência e individualidade, ou seja, não havia o chamado espaço de cada um. Era disso o que ela precisava, ter essa individualidade, de ser ela mesma e de ter alguém diferente ao lado dela, até mesmo para complementar, para acionar experiências.

É importante ter afinidades um com o outro, mas também é necessário ter diferenças, peculariedades de cada um, para que haja uma relação que evolua e não fique no mesmo ponto, na mesmice e rotina. É como peças de um quebra-cabeça: duas peças tem que se encaixar (ter afinidades), mas devem ser diferentes entre si e desta forma chegar a um objetivo. Voltando a nós, senti sua falta. Nos primeiros anos de nosso afastamento, senti muito. Porém, o tempo foi passando. Tivemos até algumas recaídas, nos reencontramos, mas não deu certo, nada faria com que voltássemos a ser o que éramos antes. Não dá para crescer e depois pedir para voltar a ser jovem. Não dá para recuperar a inocência perdida.

Nestes dias senti saudades de você, mas talvez eu tenha ficado tão impressionada e triste porque acima de tudo senti saudades de mim. Senti falta daquela garota que tinha planos e sonhos, que tinha medo, mas também grandes esperanças. Você era perfeito para mim naqueles tempos! Guardo com muito carinho tudo o que vivemos, crescemos juntos e amadurecemos juntos. Doces tempos, doces momentos, doce você, meu melhor amigo, talvez o único e insubstituível amigo que tive na vida. Adeus, meu amigo. Te guardo para sempre no meu coração.










segunda-feira, 11 de agosto de 2008

The Chemical Between Us

O que será que provoca a química entre as pessoas? Como surge isso, de onde vem essa energia toda? Com certeza deve se originar de um misto de várias coisas. É claro que uma delas é a atração física, mas somente isso não basta. Senão, as pessoas só seriam atraídas por alguém lindo. Nem sempre o cara mais bonito provoca na gente a maior química. Às vezes, ele pode ser um gato, mas você achar simplesmente só isso e não se sentir atraída por ele, ao passo que um outro cara menos bonito pode te deixar louca como se existisse um imã nele!

Por que será que muitas vezes gostamos de algumas pessoas tão diferentes de nós e não nos apaixonamos por pessoas que seriam parecidas conosco? Será que a máxima dos opostos se atraem é verdadeira? Acho que talvez seja necessário ser um pouco diferente do outro para ter graça. Não muito diferente, mas algo que possa acrescentar ao outro.

Química. Sabe aquele brilho no olhar, aquela emoção de uma pessoa olhar para outra, às vezes não falar nada, somente olhar e sentir algo inexplicável dentro de si? Aquela coisa, força, faísca, reação física e energética provocada por outra pessoa em você! Ninguém sabe como acontece ou o que acontece, assim como no amor. É melhor não saber mesmo de onde ambos surgem, pois caso contrário, não teria graça. Se todos soubéssemos a fórmula do amor ninguém escaparia. Seria como jogar um feitiço em quem você estivesse interessada e BUM... lá estaria o cara aos seus pés! Nada mais sem graça e previsível. A graça consiste nesta dúvida, se vai dar certo, tentar dar certo e conquistar, lutar ou até desistir.

O amor torna-se um exercício, um jogo envolvente e inesperado, onde tudo ou nada pode acontecer. O mesmo ocorre com a morte. Já pensou se todos soubéssemos o que acontece quando a gente vai para o outro lado? Se fosse bom, ninguém iria querer ficar vivo, se fosse ruim, ninguém se prepararia e nem se conformaria com a morte. Iríamos ser pessoas mais neuróticas do que já somos. A vida tem tantas coisas para no preocuparmos, para que ter outra preocupação?

Ainda bem, portanto, que desconhecemos a origem da química, pois é tão gostoso ser pego de surpresa com ela, sentir algo diferente dentro de si, o coração batendo forte, quase saindo pela boca, aquela adrenalina percorrendo o corpo dos pés à cabeça. As coisas abstratas e intangíveis nos fazem não ter o controle da situação, mas às vezes é tão bom nos deixarmos levar por elas!!!







sábado, 9 de agosto de 2008

A dificuldade de encontrar a cara metade


Há alguns dias passou na TV de novo o filme “Cidade dos Anjos”. Assisti pela enésima vez e toda vez que assisto fico impressionada com ele. Acho que é pelo tema amor-morte, ou por falar de certas coisas que nem sabemos se existem, como os anjos. Às vezes, parece que eles existem, pois já aconteceu de eu estar meio desesperada, triste e desolada e de repente parece que vem uma luz, um alivio, como se fosse um consolo que faz com que a gente fique de cabeça erguida para encarar as coisas. Como nas cenas da Meg Ryan; naquela em que ela está com insônia e depois consegue dormir. O filme é revoltante no final, pois quando finalmente ela consegue se encontrar, achar um sentido na vida e o grande amor, ela morre. Dá até medo de ser muito feliz. Tenho mais medo de ir embora sem ter sido feliz plenamente. O tempo vai passando e falta tanta coisa a ser vivida. Às vezes acho que ainda não fiz nada. Não me realizei profissionalmente, não arranjei ninguém, não encontrei um grande amor, não viajei ao redor do mundo, não me casei, não tive filhos, não tive um cachorro, etc. Certo dia pensei “coitado dos meus pais, eles adoram crianças, são boas pessoas e nunca vão realizar o sonho de serem avós, pois do jeito que as coisas andam...” Opss, essa foi a minha porção Charlotte York (Sex and the City), da busca em encontrar a cara metade!

Não consigo mais encontrar ninguém interessante neste mundo. Se bem que ultimamente não tenho saído muito de casa, mas quando saio, não vejo ninguém que me chame a atenção. É assustador, acho que vou ser sempre sozinha. As pessoas que valem a pena ou são inacessíveis por natureza, ou têm namorada, ou são casados, ou são gays. O resto dos solteiros são ralé mesmo, desinteressantes, e o pior é que sempre estão à procura das modeletes, das meninas com cintura de tanque. Se você acha alguém, sempre essa pessoa quer outra, é tão difícil ter compatibilidade, ou seja, uma pessoa gostar de você e você também gostar dela. Está havendo um verdadeiro desencontro entre homens e mulheres. Quem sofre ainda mais são as mulheres, pois os homens são espécie em extinção hoje em dia e por essa razão eles podem se dar ao luxo de escolherem as suas companheiras e optam é claro, pelas magrelas sem barriga. Ops, essa foi a minha porção Miranda Hobbes (Sex and the City), pois é impossível não ter uma visão crítica e se revoltar com a situação!

Voltando ao filme, quando vi a cena em que a Meg Ryan morre nos braços do anjo, ele sofre muito. Pensei “poxa, é outra coisa quando você é amada por alguém”. Quando você tem alguém, na sua morte ele irá chorar por você, sofrer por você, pensar em você. Agora, quando você é sozinha, não haverá ninguém que sinta a sua falta. Não estou falando do amor dos parentes, dos amigos, pois é diferente, estou falando do amor mesmo, entre homem e mulher (ou qualquer que seja a sua escolha sexual). Por mais importante que seja ter o amor dos pais, dos amigos e dos parentes, esse amor nunca é capaz de substituir o outro amor de fato. Todo mundo precisa desse amor, como disse Morrissey na música dos Smiths How Soon Is Now: “I am human and I need to be love, just like everybody else does”.

Acredito que o ser humano só possa alcançar a plenitude por meio desse amor, ninguém se sente completo se não encontra esse amor. O que adianta ser amado pela família e pelos amigos; o ser humano não consegue preencher o vazio, a falta do amor de verdade. Por isso que é tão fundamental achar a cara-metade, parece que somos feitos pela metade e passamos a vida inteira em busca da outra parte, que nos complete, assim como foi dito pela mitologia grega.
Mas existe um paradoxo, pois o que acontece então com aqueles que partem deste mundo sem ter encontrado o seu par? Será que existe mesmo para todos, será que todos têm o direito de achar uma companhia? Há tantas perguntas não respondidas, por isso que o ser humano tem tanta crise existencial! Realmente não sei a resposta, quem sabe você que está lendo este texto tenha alguma idéia?

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Namorado: Um presente para olhar, tocar, cheirar e sentir

Anos atrás, uma colega de faculdade disse uma revelação muito significativa. Ao perguntarmos a ela se ela trairia ou se interessaria por um outro homem sem ser o namorado dela, ela falou: “não de jeito nenhum”. “Mas e o cara fosse um Brad Pitt?”, perguntamos. Ela: “ah, mas aí é golpe baixo, né?” Depois de refletir uns segundos, ela respondeu:”nem se for o Brad Pitt, não eu não trairia”. Escutando isso, você logo pensa, “será que ela falou a verdade?” É possível. É bem provável. É quase certo.

O seu gato pode ser lindo mas dificilmente será no nível de Brad Pitt, com aqueles músculos bem definidos, olhos azuis, cabelos loiros, físico perfeito, estiloso, com aquele charme e jeito sexy. Porém, ele pode também ter um peito bonito, não tão musculoso e malhado, mas bem definido. Pode não ter covinhas quando sorri, mas pode ter outras covinhas que você ache irresistíveis. Pode não ter aqueles olhos, mas tem os dele, singulares, um olhar penetrante, meio perdido, meio sedutor e malicioso, ou até doce em certas horas, lembrando um garoto sapeca. Os cabelos podem não ser tão estilosos, mas podem ser charmosos, sedosos, rebeldes, gostosos de passar os dedos e fazer um cafuné. Pode ter atributos até melhores que os de Brad, algum é claro. O seu gato pode ter um olhar que faça você derreter de tanto charme, daquele jeito especial que só ele pode fazer. E que às vezes, quando você está em outro lugar e falando com outra pessoa, lembra-se daquela expressão tão própria dele, assim, lembra como um flash, num raspão de memória.

De repente, você se vê olhando aqueles olhos, sorrindo aquele sorriso. Ah, aquele jeitinho tão especial dele! E quando ele vira e diz “nenhum cara ama você como eu te amo!” Nossa, nessa hora não há argumento que diga o contrário e seu gato consegue te convencer por inteira.
Aí você começa a refletir. Lembra de como se sente nas nuvens, flutuando só de pensar no seu gato e nos momentos inesquecíveis que passaram juntos (aquela viagem, aquele passeio, aquele momento...). Lembra de que ao ser beijada por ele, sente um arrepio gostoso que vai da pontinha dos pés até a cabeça, ah, que sensação indescritível!


Não há nada melhor que beijar amando, assim como a grande maioria das pessoas diz, que o sexo é bom em si, mas quando ele é feito com amor... é melhor ainda! O sexo é bom porque satisfaz o desejo, a libido, a fantasia, tira o estresse, dá a sensação de poder e aumenta a auto-estima, mas quando só é por prazer, a sensação fica somente na hora. Depois, muitos dizem sentir um vazio enorme... Mas quando é com amor, a boa sensação dura horas, até dias, sorrisos à toa, mesmo porque dá para ficar abraçado só curtindo o momento depois, com alguém querido e não com um desconhecido interessante da noite e cuja intimidade é quase nula.

Aí você pensa “ninguém me beija como ele me beija e ninguém faz como ele faz, com tanto amor e paixão”! Não sei como alguém pode amar de verdade e ser infiel, sem se sentir um pouco culpada ou não comparar uma pessoa com a outra. Será que quando a pessoa apaixonada beija outra, não se lembra do seu amado, do beijo dele, não vê o reflexo dele no seu pensamento? É difícil, por mais que você queira se desvincular, para quem ama não tem graça fazer nada com outra pessoa. Pode até tentar, mas morre de saudades do amado. Sempre há comparações. Beijar é bom, sexo é bom, mas com o amado é mais que bom, é excelente!

O seu gato pode não ser Brad Pitt, mas é tão lindo vê-lo ali, deitado, quietinho, dormindo feito anjo do seu lado! E quando você tem pesadelo, ele te abraça e diz para você se acalmar e que já passou. Ou quando você tem aquela crise existencial ou TPM e ele te escuta, coitado, com toda a paciência do mundo! E não é para qualquer um te aturar nestes dias horrendos de nervos à flor da pele! E quando o teu fofo lhe dá aquele abraço, te consolando e apoiando e você se sente a pessoa mais segura e querida do mundo? E o acordar e o dormir, adormecer em seus braços ao conversar no escuro da noite! Vocês podem não ter grana, mas podem juntar e fazer viagens incríveis, passeios inusitados, baladas das bem desencanadas possíveis. E a naturalidade e espontaneidade com que vocês conversam sobre variados assuntos, desde os mais “cabeças” até o maior besteirol possível?

Você nem sequer planejou se apaixonar por ele, apenas aconteceu de forma natural, não sei como, nem sei por que, como diria Camões. Você até no início relutava em acreditar que fosse amor, evitou mas não teve jeito: o amor quando pega, não há organismo que se salve!
Aí, você mesma conclui: é, ele pode não ser um Brad Pitt, mas eu o amo e ninguém o ama mais que eu. E lembra-se do sábio relato e confissão de sua colega de faculdade: “não trocaria meu gato nem pelo Brad Pitt”.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Sou o que sou

Essa será a minha frase daqui por diante. É como um lema, um mantra. Passei por uma semana em plena deprê. Tornei-me apática a tudo. Parece até que as coisas que eu costumava gostar não faziam mais sentido. Fiquei triste essa semana por causa de um reflexo de decepções acumuladas. Sabe quando você toma porrada várias vezes seguidas e se mantém firme e forte até certo ponto, mas depois cai de vez? O problema é que quando chega neste ponto começa a análise. Você começa a pensar em todas as suas decisões: ah se eu tivesse feito isto, como seria a minha vida hoje? Melhor ou pior?

Aí pensa em todas as possibilidades, tudo o que poderia ter feito e é claro, sempre tendendo a pensar “marquei bobeira, deveria ter tomado outra atitude”. No livro “Sem medo de viver” (Zibia Gasparetto) a personagem Arlete dizia que “a vida sempre escolhia o melhor para a gente”. Mas será? Eu duvido! Sabe o que seria ideal? Após morrermos, alguém nos receber e mostrar um telão sobre o que teria sido se a gente tivesse escolhido tais caminhos em nossas vidas. “Olha minha filha, se você tivesse escolhido tal coisa, você estaria desta forma e sua vida seria deste jeito”. Já pensou que legal se vivêssemos várias alternativas de nosso destino?

O melhor seria poder ter uma outra chance como nós mesmos, sem apelar para reencarnação. Poderíamos escolher qual o melhor destino, quem sabe o melhor parceiro, o mais legal. Aí Deus diria “pois bem, você viverá para sempre neste caminho que julgou melhor”!

Então uma pessoa muito especial me disse que eu não deveria perder meu tempo com o que seria, ou o que poderia ser, ou o que foi, mas sim o que é. Não considerar o verbo SER no passado ou no futuro, mas sim no presente. Parar de pensar no passado e no futuro e aprender a viver o presente. Parar de encanar, afinal não podemos voltar no tempo e consertar nossos erros. Não podemos moldar o futuro de acordo com o que queremos, pois as coisas não dependem somente de nós, mas também da vontade dos outros.

Aí pensei: ”Eu preciso me assumir! Tenho que me aceitar com todos os meus defeitos e qualidades, virtudes e vícios. Admitir os meus erros e aprender a conviver com eles. Preciso dar um crédito pelo que fiz e não ficar me culpando a toda hora”. Pensando em tudo isso, criei o meu Mantra “sou o que sou”. Criei um manifesto próprio, cujos mandamentos tentarei cumprir:
1- ter amor próprio
2- dar valor ao que eu tenho, ser feliz com o que tenho (minhas amizades, meus amores, minhas paixões e idéias, meus gostos, etc)
3- gostar de mim do jeito que eu sou (qualidades/defeitos e erros)
4- desencanar, pensar no hoje, no presente, pois não posso alterar o que fiz e nem tenho poder suficiente para moldar o futuro de acordo com os meus interesses.