segunda-feira, 16 de março de 2009

Crônica: Separações-2

Acabou. Palavra difícil de entender quando se trata de relacionamentos amorosos. A primeira coisa que vem na cabeça é: a culpa é de quem? Se partirmos logo para outra relação, a tendência é se sentir culpada(o), uma monstra(o), sem dó nem piedade.

Por que será que acontece de em um primeiro momento a gente pensar que é para sempre, que aquela pessoa é o seu grande amor, o homem/mulher de sua vida, mas depois, BUM, você não sente mais nada por tal pessoa? Como assim? Aonde foi parar o amor para toda a vida?

Na maior parte das vezes, a pessoa até sabe quando a relação não vai bem, mas mesmo assim procura não dar a devida atenção até que PIMBA, pé na bunda. Existe até um episódio de “Sex and the city”, Solteiras e Fabulosas, onde a personagem Carrie diz que às vezes todos nós fingimos sentimentos apenas por comodidade ou por medo de ficarmos sozinhos. É a velha história de manter um relacionamento que no fundo você sabe que está acabado/esgotado/saturado, mas insiste e tenta se convencer que está tudo ok.

Principalmente quando se trata DAQUELE relacionamento que você pensou que fosse para vida toda. Você não quer enxergar que aquilo perfeito acabou. Passa meses se perguntando como pode ter acabado?

Pensando no assunto, cheguei a uma conclusão: separações nem sempre tem explicação. Nós, seres racionais e científicos, sempre buscamos justificar tudo. No entanto, em matéria de amor/paixão ou até mesmo de outros sentimentos, nem sempre há uma lógica no que acontece. Ou como diriam alguns “é a vida”. Tudo parece tender ao fim, muitas coisas acabam com o tempo. Em um dia, uma pessoa pode ser a mais importante da sua vida e tempos depois, você não sentir absolutamente mais nada por ela. Até mesmo não consegue nem manter um diálogo, pos não há mais nada em comum entre os dois. É triste, mas o lado bom é que pelo menos houve um tempo maravilhoso entre os dois, único e que jamais retornará, uns momentos mágicos vivenciados e que os dois irão compartilhar para sempre em memórias. Outro lado bom é que já pensou como seria horrível se a gente gostasse apenas de uma pessoa a vida inteira? Desde a tenra infância, aquele garoto(a) seria seu único amor? Ainda bem que existem mudanças sentimentais senão todos estariam “presos” e não correspondidos.

O jeito é, portanto, guardar certos relacionamentos na forma de boas lembranças, mas sempre que necessário, partir para outra, sem fingir e sem temer, não se sentir culpada(o), pois na maioria das vezes não existem culpados pelo fim do amor e nem explicações lógicas para tal, apenas acontece e quando acontecer, o importante é ter coragem de seguir em frente.

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