quinta-feira, 9 de julho de 2009

Fic: O par ideal

Shipps: Huddy, com umas pitadas de Chameron
Categoria: One-shot, a fic se passa durante a 3ª temporada
Advertências: Contém cenas de sexo
Classificação: R
Capítulos: 1
Completa: [x] Yes [ ] No
Resumo: House descobre um segredo de Cuddy, enquanto a equipe tenta solucionar mais um caso médico de difícil diagnóstico


-Simon, vamos logo! Deste jeito, vamos chegar atrasados na escola!
-Já vou mãe!
O garoto desceu as escadas correndo e tropeçou. No mesmo instante, a pele da perna ficou imensamente roxa.

* * *

Uma fina garoa cobria a rua quando House chegou com sua moto no estacionamento do hospital. Mais um dia começava. Pegou sua bengala e caminhava vagorosamente em direção à entrada. Mal adentrou na recepção, sacou do bolso seu inseparável pote e dispejou na mão o corriqueiro Vicodin. Entrou na sua sala e não demorou 2 minutos, sua equipe surgiu eufórica disparando informações sobre um novo caso médico.
-Simon, garoto de 7 anos, sofreu uma queda hoje de manhã. A pele da perna está roxa desde então. Aos 6 anos, ele também sofreu uma contusão, começou a mancar, usou bota ortopédica e...
-Blá, blá, blá...Quando vocês tiverem um caso interessante, por favor me avisem porque hoje acordei incrivelmente cansado e não estou a fim de clinicar. – House interrompeu Cameron.
-Deixe-me continuar! Como eu ia dizendo, o quadro dele piorou e resultou em uma osteonecrose da cabeça do fêmur esquerdo, o que deixou uma perna maior que a outra. Então ele passou a usar uma prótese nos quadris. E depois de qualquer contusão, a pele dele fica roxa por muito tempo. Os pais o levaram para uma série de médicos diferentes, mas ninguém consegue descobrir o que o filho deles tem.
-Dor na perna, o que é isso, é uma piada? Pode receitar para ele um “pote mágico” igual ao meu e BINGO!!! – House sacudiu o seu pote de Vicodin e sentou-se todo esparramado na cadeira, ignorando o que Cameron acabara de relatar.
Neste momento, o bip de Foreman, Chase e Cameron tocou. Os 3 correram para o quarto e o menino estava se contorcendo na cama. Logo após, o garoto começou a gritar.
-Simon, Simon, o que você está sentindo? - Chase acudia o menino.
-Eu não estou te ouvindo direito!!!

* * *

-Simon sofreu um AVC e ficou surdo do ouvido esquerdo. – Foreman relatou o ocorrido.
A equipe e House estavam na sala discutindo o caso.
-Hum...vamos ver o que temos até agora. - House se dirigiu a lousa branca para escrever.
-Crises de dor óssea, deterioração dos ossos, manchas roxas. O que mais?
Chase começou a falar:
-Fizemos exames de sangue e as amostras constataram redução no número de plaquetas e anemia, além do que, o garoto aparenta cansaço intenso.
-Alguma sugestão?
-Ah...leucemia? – Chase arrisca um palpite.
-Por causa do sangue você quer dizer...mas e quanto ao resto? Que tal se fizermos uma tomografia e ressonância para checarmos as lesões geradas pelos enfartos ósseos? Foreman, você se encarrega disso. Chase, faça um hemograma mais detalhado e Cameron, vá examinar o garoto para ver se ele apresenta outros sintomas.

* * *

House resolveu ir na sala de Cuddy. Fazia uns dias em que ele não enchia o saco dela, então, já estava mais do que na hora. Entrou na sala de repente. Cuddy se assustou. House notou que ela estava muito distraída olhando para o computador, com jeito de que estava fazendo algo secreto. Ele deu a desculpa de que um grupo de médicos que faria palestras lá no hospital a aguardavam lá na recepção, só para que ela saísse da sala. Cuddy acreditou na mentira dele, House mais do que depressa foi mexer no computador. Ele abriu o histórico e notou que ela estava nagegando em um site “ Encontre o seu parceiro ideal”. Fuçou a página e encontrou um perfil de Cuddy:
-Morena, olhos verdes...Faltou falar dos peitões e do bumbum empinado, Cuddy, não sabe que a propaganda é a alma do negócio? – House lia sozinho em voz alta, com o seu sarcasmo costumeiro.
Ao ler o resto, desatou a rir. Pegou um papel e anotou a url do site.

* * *

Foreman tratou de fazer os exames no garoto. Enquanto isso, Chase e Cameron caminhavam pelo corredor.
-E então?
-Então o que?
-Você sabe...hoje é terça-feira.
Chase olhou para ela de um jeito carinhoso.
-Sim, eu sei, mas hoje não vai dar.
-Por que?
-Hoje eu não estou a fim. Só porque saímos nas últimas terças não quer dizer que tenhamos que sair todas as terças-feiras. – Cameron respondeu de um modo ríspido e entrou na sala de exames, deixando Chase desapontado.

* * *

-Então, Simon, como você está?
-Estou com dor, muita dor.
-Dói aonde?
-Tudo...minha perna, minha barriga.
-Deixe-me verificar.
Cameron tateou a barriga do garoto, que deu um grito de dor. Ela notou que o abdômen estava inchado. O nariz de Simon começou a sangrar.

* * *

House estava sozinho em sua sala. Aproveitando, resolveu entrar na Internet, no site dos encontros. Decidiu zoar com a cara de Cuddy, fazendo um perfil fake com várias características que se encaixavam no que ela tinha descrito no perfil dela, só para que o sistema do site os considerasse compatíveis. Alguns minutos depois, ele recebeu uma mensagem: era Cuddy, dizendo que tinha lido o perfil dele e gostado. Se passando pelo fake, House engatou um bate-papo com Cuddy, que nem desconfiava de quem se tratava. A cada frase, House ria ironicamente até que Cuddy decidiu marcar um encontro. Ele hesitou por uns instantes, não imaginava que ela estivesse tão desesperada a ponto de marcar um encontro com um estranho da Internet. Mesmo assim, resolveu marcar. Depois, ele pensaria em uma desculpa para cancelar o encontro.

* * *

-Vamos acrescentar mais sintomas ao quadro: sangramento no nariz, dor e distensão abdominal. O que mais?
-Os exames posteriores indicaram um aumento do baço e do fígado. – Foreman relatou.
-Histórico familiar?
-Nada de anormal que influencie o estado do paciente. – mal Chase terminou de falar, eles foram bipados.
A irmã de Simon reclamava de dores nos ossos e estava inchada e com manchas roxas iguais ao do irmão.

* * *

A equipe se reúne novamente na sala para discutir o caso.
-Nada de anormal, hein? A irmã está indo pelo mesmo caminho, o que indica que possa ser algo genético. – House alerta.
-Ou ambiental, vide que os dois convivem juntos. – Cameron dá a sua opinião.
-É, mas os pais também convivem e não apresentam os sintomas. –Foreman observa atentamente.

* * *

Hora do almoço...
-O que é que você andou aprontando ontem à noite para ficar com essa cara, Wilson? Por um acaso você não chamou uma de minhas “amigas profissionais”?
-Não fiz nada ontem, passei a noite em claro. Acho que que comi alguma coisa que não me fez bem, minha digestão está péssima e...
-Digestão...
House sai correndo subtamente do refeitório, deixando Wilson com cara de interrogação.

* * *

Todos estão reunidos na sala quando House discute sua hipótese:
-Doença de Gaucher: uma mutação genética que impede a produção de uma enzima no lisossomo, que é responsável pela digestão celular. As moléculas não digeridas se acumulam dentro das células, que por sua vez se ajuntam nos órgãos e atrapalham o seu funcionamento, causando esses sintomas descritos na lousa.
-Mas isso é muito raro, quantos casos já tiveram? – Chase questiona.
-Estima-se que cerca de 1 em cada 40 mil pessoas nasçam com a doença. Menos de 6 mil casos foram diagnosticados no mundo. Pelos menos, os sintomas se encaixam. Vamos começar o tratamento para ver se o garoto e a irmã respondem. Façam uma infusão intravenosa com uma dose da enzima durante uma hora. Depois, distribuam a mesma dose durante 3 horas para que o organismo não rejeite.
Mais tarde...
Os irmãos responderam bem ao tratamento. Mais uma vez, House estava correto em seu diagnóstico. E assim termina mais um expediente no hospital.

* * *

Cuddy chegou em casa e resolveu se arrumar para o encontro. Estava ansiosa para ver se encontraria um homem decente. Amigas tinham conseguido arranjar companhias interessantes e indicaram o site para ela. Não sabia se daria certo ou não, mas precisava desesperadamente sair com alguém. O cara parecia ser muito agradável. Mal sabia ela que era o House.
Chegou no restaurante e sentou-se na mesa para 2 que tinha reservado. Usava um vestido preto decotado. Enquanto aguardava olhando para o nada, eis que surge House.
-House, o que você está fazendo aqui?
-Eu estava passando pela calçada e de repente vi você. Resolvi entrar.
-Desde quando você é adepto à caminhadas?
-Desde que tenha uma tabacaria com ótimos charutos na esquina.
Ele decide se sentar.
-Ah, tá. Então...ok...você me viu, veio me atazanar e pronto. Agora pode ir.
-Por que a pressa, por um acaso você está me expulsando?
-House, não começa vai. É que...
-Ó, que estupidez a minha! Você, neste restaurante, com esse decote todo? É claro que está esperando alguém!
-Estou sim.
-E quem é o felizardo?
-Não é da sua conta! Agora vai!
-Tô indo.
Ele se levantou e saiu do restaurante. Mas não conseguiu ir embora e nem teve coragem de entrar lá e dizer a verdade. Ficou parado do outro lado da rua, só observando.
Duas horas depois, Cuddy se dá conta de que tomou um bolo e sai cabisbaixa do restaurante. House ia se esconder, mas ela o viu.
-Hei, o que você está fazendo ainda por aqui?
Sem saber o que dizer, ele já começa a formular uma desculpa, mas Cuddy interrompe o seu raciocínio.
-Espera aí, você estava me espionando? House, não se faça de desentendido, o que foi que você está aprontando?
-Tá certo, desisto. Eu sei de tudo.
-De tudo o que?
-Do site “ Encontre o seu parceiro ideal”...Quanta besteira! Eu esperava mais de você, Cuddy!
-Mas como é que é? Já sei, a minha sala...você estava lá hoje de manhã! É por isso que fui à recepção e me disseram que os palestrantes nem tinham chegado! Você...você mexeu no meu computador? Chega, House, desta vez você extrapolou! Isso não tem graça! Então era você o tempo todo? Você estava tirando uma com a minha cara?
-Eu passei dos limites? Você é que enlouqueceu, onde já se viu, entrar em um site desses?
-Me polpe, House!
-Cuddy, espera!
Cuddy saiu em disparada, ela não queria chorar na frente dele. Estava se consumindo de ódio por dentro.

* * *

Cameron chega em casa e dá um suspiro: estava cansada, o dia tinha sido exaustivo. Resolveu tomar um banho quente. Após pentear os cabelos, sentou-se na cama ainda de toalha e retirou uma foto de dentro da gaveta. Ela estava com uma feição triste, a foto era de seu marido, que naquele dia completava mais um ano de aniversário de morte. Deixou cair algumas lágrimas, mas enxugou o rosto e decidiu sair.
-Cameron? Pensei que você tivesse me dito que não estava a fim.
-Terça-feira, Chase.
-Não são todas as terças...
-Mas talvez essa seja!
Ela o empurrou para dentro de casa e os dois fecharam a porta, aos beijos.

* * *

Em outro canto da cidade...
Cuddy estava arrasada. Toma umas doses de whisky para tentar conter a raiva que está sentindo de House. Ele definitivamente tinha passado dos limites em suas brincadeiras. Retirou os sapatos de salto e os deixou ali mesmo, perto da porta. Esparramou-se no sofá e fechou os olhos. A campainha tocou. Ela não ia atender porque sabia quem era aquelas altas horas da noite.
House não tirou o dedo da campainha, bateu na porta, a chamou. Ela não atendeu. Ele decidiu vencê-la pelo cansaço, a irritando com o soar ininterrupto da campainha. Não agüentando mais e sabendo que ele não ia desistir, ela resolveu abrir a porta.
Cuddy o encarava de forma séria e não disse uma palavra. Nem precisava, os olhos dela pareciam cuspir fogo.
-Posso entrar?
Ela continuava sem dizer uma palavra. House entrou na sala e fechou a porta.
-Sinto muito. Ou melhor, não sinto. O que você estava pensando, arranjar um pretendente pela Internet? Qual é, Cuddy? Isso é coisa de adolescente, eu sei que você dá de 10 em muita menininha por aí, haja vista o que os seus decotes me revelam o tempo todo... mas, você deveria me agradecer, já pensou, poderia ser qualquer maluco ou serial killer...
-Poderia não, é um maluco! Por que você fez isso? Você...você parece que sente prazer em estragar a vida dos outros, sente feliz em ver a desgraça alheia só porque a sua vida é uma desgraça! Você e seu “ar de superioridade”! Me achou medíocre? Pois bem, quer saber, dane-se! Veio até aqui curtir com a minha cara, tá satisfeito?
Cuddy começou a chorar de raiva, ela estava o expulsando de casa.
-Só queria dizer que você não precisava disso...
-Sai daqui agora!
Ela o empurrou e House se desequilibrou, esbarrando na estante e deixando cair a bengala.
-Oh, meu Deus, você está bem?
Cuddy se inclinou para ajudá-lo a se levantar e ao se abaixar, seu decote revelou parte do seio que teimava ficar à mostra. Com aquela visão, House não resistiu e a puxou, caindo ambos sob o tapete. Ela estava por cima, ele colocou as mãos por entre os cabelos dela, dando-lhe um tórrido beijo. Ambos sucumbiram ao desejo e ali mesmo, no chão da sala de estar, despiram-se. Trocaram beijos intensos, House finalmente tocava e sugava os seios dela, enfim livres do decote e do sutiã rendado, aquela parte que ele passava o dia inteiro tentando enxergar cada pedacinho. Ele podia mandar e desmandar o tempo todo no hospital, mas naquela hora, ela estava efetivamente no comando da situação. Ela cavalgava e o subjulgava, o enlouquecia de tanto tesão. E neste instante, ela era a “chefe”!

No dia seguinte...

House chegou ao hospital atrasado como sempre. Estava com o cabelo molhado e desgrenhado. Andou em direção ao elevador, a porta estava quase se fechando, mas com a ponta da bengala, ele fez com que se abrisse. Ao entrar no elevador, deu de cara com Wilson. Cuddy estava ao lado do amigo, também com o cabelo molhado. Wilson ficou com uma expressão estranha, House e Cuddy estavam meio desconcertados. House foi para a sua sala, Wilson o seguiu.
-O que foi, Wilson? Por um acaso, você está me seguindo?
-Eu? Ah, não...só queria perguntar uma coisa: o que aconteceu entre você e a Cuddy?
-Eu e a Cuddy? Da onde você tirou isso?
-Cabelos molhados, o mesmo cheiro de shampoo...só estou seguindo o seu método de observação.
-Mesmo cheiro? Que coisa hein, deve ser por causa da promoção, ela provavelmente comprou shampoo no mesmo lugar que eu.
-Sei sei...

FIM.

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