segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Fic: O amor tudo vence-Cap 16(penúltimo): A proposta de Matt

Matt e Evie viajavam de volta ao Havaí. Ele dirigia rumo ao aeroporto e conversava.
-Parece loucura tudo isso que está acontecendo conosco, como é que podem existir no mundo pessoas tão más a ponto de fazerem isso contra nós?
-Espero que aquele homem tenha conseguido nos livrar dessa maldade! Estou intrigada, Matt, quem foi que fez isso? E por que, meu Deus?
Nesse momento, o celular de Matt tocou e Evie atendeu.
-Cadê o meu pai?
-Kyle? O que foi, você está chorando?
-Preciso falar com ele! É a mamãe!
Matt resolveu parar o carro em um posto de gasolina à beira da estrada.
-Kyle, querida, o que aconteceu?
-Não sei direito, pai, eu estava no quarto quando ouvi um barulhão, desci as escadas e vi a mamãe caída no meio de um monte de vidro quebrado...Pai...por favor, venha até aqui!
-Você ligou para a emergência, filha?
-Liguei, estou no hospital.
-Calma, filha! Escute-me, fique aí que agora mesmo pegarei o 1º vôo para LA.

Matt estava mesmo quase chegando ao aeroporto, só que por causa do acidente com Marghe, em vez de rumar ao Havaí, iria até LA. Evie foi com ele. Por sorte, havia um vôo que partiria em breve e eles conseguiram embarcar. Ao chegar lá, Matt e Evie foram direto ao hospital. Kyle correu para abraçar o pai, a menina estava trêmula de nervoso. Ela tinha chamado os avós, que aguardavam notícias na recepção juntamente com um também assustado Byron. Marghe feriu a coluna, fraturou algumas costelas e com a queda sob a mesa de vidro, sofreu cortes nos braços e na perna. Matt procurou os médicos para se informar a respeito do estado de sua ex-mulher.

Enquanto ele conversava com os médicos, Evie se aproximou de Kyle, que não queria nem olhar para a cara dela.
-Kyle, escute-me, eu sei que você não vai com a minha cara e provavelmente me culpa de alguma forma por eu estar namorando o seu pai, mas quero lhe dizer que estou aqui do seu lado para te apoiar.
-Obrigada, mas não preciso de sua ajuda!
-Tudo bem, eu entendo. Você está nervosa pela sua mãe, mas não se preocupe, ela vai ficar legal.
-Sai daqui, me deixa em paz.
-Não vou te encomodar, mas me deixe pelo menos lhe trazer alguma coisa para comer, aposto que você não comeu nada e está aqui há um tempão...
-Não estou com fome.
-Está certo. Mesmo assim, vou providenciar algo para que mais tarde, quando você estiver com fome, pelo menos não vai precisar sair daqui para comprar.

Evangeline resolveu comprar um chá e um lanche bem leve, apesar das mal criações de Kyle, ela entendia o que a menina sentia; ciúmes do pai, raiva por Evie ter causado a separação dos pais e a revolta típica da idade. Evie não desejava mal para Marghe, embora tivesse a certeza de que fora ela a autora dos feitiços. Evie se lembrava das palavras do índio feiticeio “quem fez o feitiço sofrerá as conseqüências”. Matt também estava pensando a mesma coisa, mas ele custava a acreditar que Marghe tinha sido capaz de uma baixaria dessas, porém era evidente que sim, visto que bem na hora em que o “trabalho” estava sendo destruído, aconteceu tudo aquilo com Marghe.
-Está acontecendo alguma coisa com a mamãe...Pai, foi horrível...eu a encontrei na sala, toda ensangüentada! E...estava um cheiro de queimado, não sei o que ela anda fazendo, mas ela está muito esquisita!

Matt abraçou a filha, consolando-a. Evie chegou com o lanche e o ofereceu a Kyle, Matt insisitiu para que ela comesse e apesar da birra, Kyle estava morrendo de fome e decidiu aceitar a oferta de Evie.

Byron foi embora com os avós, Kyle se recusou a ir, queria estar no hospital ao lado da mãe. Matt ficou ali com a filha, Evie se prontificou a passar na casa de Marghe para pegar um suéter e uma roupa para a menina. Ao entrar na sala, comprovou de vez a sua suspeita: foi Marghe quem tinha feito a mandinga. As provas eram os tocos de velas pretas que estavam no local. Evie decidiu arrumar aquela bagunça, não queria que Kyle voltasse para a casa e revisse a cena. Juntou os cacos, retirou as velas e jogou as cinzas em água corrente. Limpou o chão “por cima”, tinha sangue para todos os lados, mas conseguiu disfarçar e ajeitar as coisas. Então, voltou ao hospital.
Matt e Evie ficaram sentados no sofá da sala de espera, quando ele resolveu quebrar o silencio:
-Foi ela mesma, Evie. Você tinha razão. Eu até agora não acredito! Como ela pôde? Por que ela fez isso, que loucura!
-Por desespero, por amor.
-Amor? Isso para mim não é amor, é doença, loucura, obssessão...Quem ama de verdade não deseja o mal para o outro!
-Muita gente quando perde um grande amor fica desesperada, sem rumo e acaba fazendo muita besteira, até matam!
-Isso é um absurdo! Olha, Evie, te digo uma coisa, estou aqui somente por causa dos meus filhos. Depois do que ela fez...sinceramente, todo o carinho e respeito que eu sentia por ela se foi.
-Calma, Matt, não se esqueça que ela é mãe dos seus filhos.
-Eu sei. Mas o que ela fez para a gente foi monstruoso, pensa bem Evie, podia ser com você ou comigo, um de nós podíamos ter nos ferido tragicamente por causa dos feitiços dela. Bem feito que voltou-se contra ela, espero que assim ela tenha aprendido a lição!

O médico liberou a família para entrar no quarto. Marghe sofrera uma cirurgia, estava medicada e dormia. Kyle sentou-se em uma cadeira ao lado da mãe. Matt ficou no sofá e Evie preferiu ficar lá fora aguardando, não queria que Marghe acordasse e a visse ali. Horas depois, Marghe acordou. Kyle sorriu para a mãe, Matt pôs suas mãos sob as dela e perguntou como ela se sentia. Os olhos de Marghe se encheram de lágrimas de emoção ao ver o ex-marido ali, ao seu lado.

Mais tarde, Kyle dormia no sofá do quarto, Matt ia sair quando Marghe o chamou em voz baixa.
-Pois não, Marghe, você precisa de alguma coisa?
-Sim, de você. Matt, por favor, fique do meu lado. Meu amor, apesar de tudo, me sinto tão feliz por você estar aqui comigo, cuidando de mim como antigamente...
-Não vou ficar aqui, mas se precisar, estarei esperando na sala lá fora.
Matt falou rispidamente, estava com muita raiva de Marghe.
-Por que você está tão bravo, Matt?
-Como você ousa me pedir para ficar, depois de tudo o que você aprontou?
-Eu? Eu não fiz nada...
-Eu sei de tudo, Marghe, pára com esse seu teatrinho, pare de se fingir de vítima! Confesso que estou indignado, como você pode fazer aquilo comigo e com a Evie? Eu relutei até o fim em aceitar que você pudesse fazer uma coisa sórdida daquela, mas você fez, Marghe...

Marghe começou a chorar de desespero, Matt tinha descoberto toda a verdade!
-Eu sinto muito, querido! Estava apavorada, não pude aceitar ser deixada por você, eu ainda te amo tanto! Não vivo sem você...Por você eu faço tudo...Matt, por favor, me perdoe! Eu sei que está bravo comigo, mas acredite, não quero me separar, quero você de volta! Essa mulher não é para você, você é meu, eu te faço feliz!
-Quem decide quem me faz feliz sou eu, Marghe! Que absurdo, não quero voltar para você, quando é que você vai se dar conta de que não te amo mais? A propósito, Evie me faz muito feliz e não adianta você jogar os seus feitiços para cima da gente porque a gente se ama, tá legal? Eu amo a Evie e ela também me ama, vê se põe isso na sua cabeça de uma vez por todas!

Matt saiu do quarto furioso. Ele não agüentava nem olhar para a cara de Marghe por tudo o que ela fez. Foi dar umas voltas ao redor do hospital para se acalmar. No dia seguinte, Evie voltou ao Havaí, ela estava muito atrasada com as gravações por causa dos meses em que ficou com a perna quebrada, não poderia sequer cogitar tirar uma folga. Matt, por sua vez, conseguiu permissão para passar umas semanas em LA por conta do ocorrido.

Semanas depois...

Marghe saiu do hospital. Matt contratou uma enfermeira para cuidar dela em casa, até que se recuperasse. Apesar do ódio que sentia, era cavalheiro suficiente para ajudá-la no que fosse possível. Marghe não perdia uma oportunidade de se fazer de frágil, doente, só para que Matt cuidasse dela e ficasse ao seu lado. Apesar de suas investidas, Matt se mostrava arredio, ele definitivamente não sentia mais nada por ela. Depois de ter acomodado direitinho Marghe em casa, Matt regressou ao Havaí para as gravações, que estavam a todo vapor, na reta final. Mergulhou de cabeça no trabalho, queria dar o máximo de si, afinal, essa era a última temporada de Lost e sua participação era fundamental no fim da história.

Dias depois...

Chegou o dia. Era a gravação do último capítulo, cenas finais estavam sendo rodadas. Matt sentiu um frio na barriga, Evie estava tão nervosa que nem dormira na noite anterior de tanta ansiedade, o elenco todo estava tenso. Ao mesmo tempo em que queriam acabar logo com aquilo, sentiam-se tristes, foram longos 6 anos de trabalho e convivência! Quando ouviram o grito de “corta”, imediatamente todos se abraçaram, emocionados. Fizeram uma verdadeira algazarra ali mesmo no set, correram para o mar para um mergulho de despedida de roupa e tudo. Deram um big abraço coletivo, se beijaram, trocaram elogios, choraram. Era o fim de uma etapa importante na vida de cada um, ninguém seria o mesmo depois daquela experiência. Os capítulos seriam editados até que iriam ao ar somente dali a algumas semanas.

Durante esse tempo, todos aproveitaram para arrumar a mudança, já que não mais morariam ali depois do término da série. Evie decidiu manter a casa no Havaí, aquele lugar seria um refúgio para ela, onde tudo de mais importante em sua vida tinha lhe acontecido. Sentia que não poderia abrir mão de suas ótimas lembranças no local.

Evie ajudava Matt a empacotar tudo, ele não mais teria a casa do Havaí.
-Ai, isso é tão triste! Vou sentir saudades dessa casa, afinal, tenho boas recordações! A nossa primeira vez foi bem ali, naquele canto...
Matt beijou Evie lascivamente e a olhou com desejo. Evie prontamente lhe propôs:
-Que tal se nós dois fizermos uma despedida agora mesmo, aqui, na sala, onde toda a nossa loucura começou?
-Excelente idéia!

Os dois se beijaram intensamente, Matt afastou as inúmeras caixas espalhadas pelo chão e acomodou Evie ali mesmo, no meio da bagunça, entre jornais, móveis desmontados, sacolas...Evie mordiscava os lábios de Matt, que sugava a boca dela em resposta. Ele beijou entre os seios de Evie por meio do decote da blusa dela. Matt, louco de desejo, rancou a blusa de Evie com tudo, quase a rasgando. Depois, retirou o sutiã com os dentes, levando Evie à excitação. Então, ele passou as mãos nas pernas dela e desceu o zíper do shorts de Evie. Matt colocou as mãos por dentro da calcinha, introduzindo seu dedo dentro dela. Evie tirou a calça dele e rancou a cueca, apertando levemente a bunda dele para depois passar a mão em seu membro, que com as carícias dela, ficou ereto. Sentindo o pênis dele apontando em sua direção, ela abriu as pernas para ele se encaixar.
Matt a penetrou com vontade, os dois se movimentavam rapidamente. O ritmo era frenético, estavam doidos de desejo, queriam uma despedida tão boa quanto a primeira vez. Evie o sentia casa vez mais profundo dentro dela, não agüentando mais de tanto prazer, gemia, seu corpo estremecia até que teve a sensação de peder os sentidos de tanto tesão. Matt, vendo o rosto dela embevecido de satisfação, entregou-se de vez ao seu prazer. Ela colocou as mãos na nuca dele, o envolvendo, tocando seu cabelo com as pontas dos dedos, enquanto ele gozava dentro dela. Depois do sexo, Matt deitou a cabeça no peito de Evie e os dois ficaram ali, deitados no meio do caos, só curtindo o momento, se despedindo daquela casa.

-Evie...estou levando as mudanças para minha casa em LA. Eu sei que você ainda não se decidiu onde vai morar e...
-É...por enquanto, vou ficar aqui no Havaí até comprar uma casa em algum lugar. Não vou voltar ao Canadá, aqui nos EUA tenho mais chances de conseguir trabalho.
-Evie...você gostaria de vir morar comigo?
-Com você? Oh, Matt! Você tem certeza disso?
-Absoluta! Evie, eu te amo, não agüento mais nos escondermos desse jeito e ficar pulando de casa em casa a cada noite, uma noite você dorme aqui, na outra eu durmo lá e assim por diante. Não quero ter mais de sair de sua casa às escondidas, como se eu fosse um criminoso. Quero poder dormir e acordar ao seu lado todos os dias, sem pressa, sem medo. Depois de tantos anos convivendo com você, acha mesmo que vou suportar viver longe?
-Ai, já estou com saudades de todo o mundo, não quero nem me lembrar que não vou vê-los todos os dias! Se já estou sentindo a falta de todos os losties, de você então, nem se fala, também não consigo mais imaginar minha vida sem você!
-E então, o que me diz?
-Matt...estou tão emocionada com a proposta! Mas, devo dizer que isso é muito sério, temos que pensar direito...e os seus filhos, será que irão me aceitar?
-Eles precisam aceitar, é a felicidade do pai deles que está em jogo.
-Nossa...quer saber, sempre pensei demais antes de tomar atitudes sérias como esta, por isso que até hoje ainda sou solteira, sempre hesitei muito com casamento e tal, só que desta vez, não quero agir com a razão, Matt, eu posso estar fazendo a maior loucura da minha vida, mas eu aceito! Sim, eu quero morar com você!

Matt a encheu de beijos e os dois rolaram pelo chão feito gatos.

CONTINUA...

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