quinta-feira, 4 de março de 2010

Fic: Skinny-dipping

Titulo: Skinny-dipping
Shipp: Mevi
Categoria: Actor fic, Smut, 6ª temporada
Capítulos: 1 (One-shot)
Classificação: NC-17
Completa: [x ] Yes [ ] No
Resumo: Em uma noite quente, um banho convidativo de piscina pode ser perigoso.
N/A: Fic faz parte do “Projeto Mevi para maiores”

"He's a total nudist, He has a really bad habit of taking his clothes off and skinny-dipping in front of the whole cast, I was there the very first time it happened. I was like, 'woo-hoo'. He was like, 'come on.' All of us were like, 'No. You're on your own in this one, man.' And off he went into the water, butt-naked."

(Evangeline Lilly talking about Matthew Fox)


Evi secava a fronte com parte do braço. O suor escorria pela testa e ela parecia exausta. E o pior é que estava no começo. Apesar de várias caixas de papelão que haviam sido preenchidas, faltavam dezenas de outras caixas e as mesmas não seriam suficientes para empacotar todas as suas quinquilharias.

Dali a algumas semanas, teria que desocupar a casa. Mas como era péssima em planejamento, decidira arrumar tudo somente agora, com a ilusão de que daria tempo. Na verdade, aquilo era um sinal de que ela de fato não queria partir. Sempre que pensava em arrumar a mudança, inventava uma desculpa para si mesma para adiar o momento. Ela definitivamente não estava pronta.

Só de pensar em deixar tudo para trás lhe causava um desconforto extremo. Depois de 6 anos vivendo ali no Havaí, não seria nada fácil abandonar o seu cotidiano. Muito menos deixar o set, os amigos. Ela nem queria pensar no dia em que teria que dizer adeus, principalmente para Matt. Não, ela definitivamente não conseguiria pensar nisso.

Distraidamente, com a cabeça longe pensando na vida, acabou furando o dedo com um grampo solto de uma das caixas.
-Merda!

Evi sorveu o sangue e resolveu sair da sala. Aquilo estava a sufocando. Sabia que tinha que terminar de ajeitar a mudança, mas precisava de ar, precisava espairecer. Trocou de roupa e decidiu sair por aí, de carro, sem rumo certo.

Enquanto dirigia, foi observando a paisagem ao redor. Até que ela gostava de morar ali, embora reclamasse de muitas coisas, principalmente do calor. Evi começava a sentir certa melancolia. Nos últimos meses, quis freqüentar cada canto da ilha que gostava, como uma despedida. Antes de partir, diria adeus aos seus lugares preferidos. Mas naquela noite, apenas dirigia, com a cabeça livre.

Sem se dar conta, tinha percorrido quilômetros e então finalmente percebeu que estava perto da casa de Matt. “Já que estou por aqui, por que não dar um pulo por lá?” pensou.

Era de noite, mas não muito tarde. Evi parou o carro e respirou fundo. “Será que iria incomodar, afinal, nem tinha o avisado que passaria na casa dele?”

Enquanto passava pela sua cabeça ligar o carro e ir embora, seu pensamento foi interrompido por batidas no vidro. Era ele.
-Hei, você por aqui? O que está fazendo por essas bandas?
-Hei, oi! Bem, é complicado dizer. Eu estava andando por aí e quando dei por mim notei que estava próxima da sua casa. Resolvi passar para dizer um oi.
-Que bom que você veio, por que não entra?
Matt a convidou para a sua casa.
-Sei lá, será que não vou incomodar, já é tarde?
-Que nada, vamos.
Evi desceu do carro e aceitou a oferta.
-Estou sozinho, Margh e as crianças estão fora visitando uns parentes nossos.
-E nós estamos presos aqui enquanto as filmagens não terminam!
-Pois é. Venha, vamos ficar lá fora, está uma noite linda.

Os dois resolveram ficar no jardim, à beira da piscina. Evi sentou-se em uma das cadeiras brancas, colocando a bolsa em cima da mesa. Matt ofereceu-lhe uma bebida e Evi prontamente aceitou.
-Tem certeza de que não estou te atrapalhando? Fico meio sem graça de chegar na sua casa sem avisar.
-Você? Sem graça? Desde quando, Evi?
-Seu bobo!
Evi mal chegara e ele já começava a fazer brincadeiras com ela. Era assim o tempo todo, os dois sempre zoando com a cara do outro, desde o início, quando se conheceram.
-Vou sentir falta disso.
-Do que?
-Das nossas brincadeiras. De quem vou encher o saco?
-Sei lá, de quem estiver por perto?
Ela deu-lhe um tapinha de leve no braço. Os dois sorriram descontraídos.
-Então, me explica direito, como alguém atravessa a ilha dirigindo sem se dar conta?
-Ah Matt, eu estava pela enésima vez tentando arrumar as minhas coisas para a mudança e aquilo tava um tédio que só. Resolvi dar uma volta para esfriar a cabeça.
-E que volta você deu, hein? Fala a verdade, você veio porque queria me ver, estava com saudades.
-Saudades? Tá brincando? Te vejo todo santo dia, tenho que te agüentar o dia inteiro, ficou louco? Mas você é muito convencido mesmo, se acha um deus!
Ele apenas sorria e olhava para ela com carinho. Seus olhos miúdos, apertados pareciam radiantes diante da alegria que Evi lhe proporcionava quando estava por perto.
-Falando sério agora...Nos últimos meses eu tenho em despedido dos lugares de que mais gosto aqui do Havaí. Praias, restaurantes, bares...enfim. Não quero ir embora com a sensação de que não aproveitei tudo intensamente.
-Boa ideia essa. Precisamos marcar um dia para surfar.
-É verdade, faz tempo que não pratico. Lembra de que foi aqui, no quintal de sua casa que aprendi a surfar?
-Claro que me lembro! Cada “caldo” que você tomou!
-Nem me fale, fiquei toda roxa com os tombos!

Os dois riram das lembranças, mas pouco depois uma pausa se fez presente. Evi aproveitou para dar uns goles no drink, quando Matt a olhava pensativo, sério.
-O que foi?
-Você me disse que antes de ir embora quer aproveitar tudo intensamente, certo?
-Sim.
-Isso inclui fazer o que ainda não fez?
-De certa forma sim, por quê? Não estou entendendo aonde você quer chegar.
-Tem uma coisa que você ainda não fez. Aliás, duas, se contar aquele bolo ou torta que você prometeu que ia fazer para mim e até hoje nada!
-O meu Deus, Matt, nem me lembrava disso. E qual é a outra coisa que ainda não fiz?
-Skinny-dipping.
-Hum hum, sei. Mas nunca prometi que iria fazer, nem vem que não tem!
-Por que não? Está uma noite tão quente e depois só tem você e eu aqui, mais ninguém.
-No no no no! De jeito nenhum!
-Tá uma noite perfeita para um banho de piscina, vamos Evi?
-Matt, para! Mais que coisa, eu não sou nudista como você!
-Besteira, não tem nada demais. Nos conhecemos há 6 anos, somos amigos, quase irmãos. Você até já me viu pelado!
-Eu e todo o elenco! Muito obrigada, não quero.
-Então, por favor não se incomode, mas essa água está convidativa demais para eu resistir.
Matt puxou a camiseta e a retirou. Depois, baixou a bermuda e dispôs em cima da cadeira.
-Não creio que você vai fazer isso agora!
-Duvida?
Sem cerimônia, ele retirou a última peça de roupa que lhe restava, se despindo e deixando seu corpo másculo e forte à mostra por inteiro, toda a exuberância de sua anatomia estava ali, bem diante dos olhos dela. Evi ria ao notar a espontaneidade e naturalismo com que ele fazia aquilo, mas por dentro era inevitável negar que ela começava a sentir-se visivelmente perturbada e inquieta com a situação.
-O meu Deus, depois eu é que sou taxada de louca!
-Vem, Evi, uh, a água está uma delícia!

Matt nadava nu em pêlo, sem pudor algum. Evi tinha o rosto rosado, totalmente sem graça.
-Pensei que você fosse mais corajosa, cadê a sua porção Kate?
-Eu sou corajosa, mas eu tenho vergonha.
-Não precisa ter vergonha de nada. Por que não fazemos assim, você se despe e eu tapo meus olhos, só abrindo depois que você estiver dentro d’água.
-Não interessa, você vai me ver pelada do mesmo jeito!
-Ah, mas pelo menos não vai parecer que estou observando o seu strip-tease.
-Matthew, Matthew, só quem não te conhece pensa que você é um santo!
-Eu prometo me comportar. Vai, Evi, por favor! Um dia, quando você estiver lá na África, vai se lembrar desse dia em que não quis nadar pelada na minha piscina e vai se arrepender por isso.
-Quer saber, seu chato, você venceu! Mas pode fechar os olhos desde já!
Sem pensar direito, Evi tirou a roupa rapidamente, antes que se arrependesse.
-Posso olhar?
-Não! Ainda não! Espera!
Ela entrou na água e deu um grito.
-Seu mentiroso, a água está gelada! Ai que frio!
-Posso abrir os olhos?
-Pode!

Matt retirou as mãos dos olhos e avistou Evi dentro da piscina. Uma brisa agradável parecia brincar com os cabelos dela, bagunçando levemente os cachos. A noite estava amena e calma e os dois sentiam uma adorável sensação de bem-estar. O brilho da lua refletia sobre eles, assim como o movimento da água aparentava emanar uma luz branca.
-Viu só como não foi difícil?
Evi bateu as mãos com tudo na água, fazendo com que a mesma se movimentasse em um jato sobre ele. Ela gargalhava ao ver o banho de água que ele tomou.
-Sacanagem isso, hein Evi! Você quer guerra, mocinha, vai ter guerra!
Ele nadou mais para perto dela, jogando água para tudo quanto é canto.
-Socorro, ai, socorro!
Ela procurava se defender jogando mais água para cima dele e assim os dois brincavam feito crianças.
-Chega, pausa! Não tenho mais fôlego. Tempo!
-Quem mandou me convencer a entrar dentro da piscina? Agora vai ter que agüentar!
Evi nadava ao redor dele, com um sorriso estampado no rosto.
-Agora sim a água tá boa, tá começando a esquentar.

Enquanto ela circulava pela piscina, disfarçadamente, com seu olhar tímido, meio de lado, ele vislumbrou os seios dela, bem delineados, de mamilos pontudos e mal cobertos pelo balançar da água. Percebendo que aquela visão começou a provocar-lhe uma certa excitação, ele procurou desviar sua atenção, mas era difícil não contemplar a beleza do corpo de Evi, com seus traços e curvas perfeitos.

Ela virou-se para ele de repente, o encarando, fitando-o nos olhos, dizendo do nada com o maior carinho do mundo o quanto os dois se entendiam bem e o quanto ela apreciava a amizade dele.
-Vou sentir tantas saudades, Matt!
Evi parou diante dele, agora com uma expressão triste.
-Eu também vou sentir muito a sua falta.
Eles se aproximaram, sentindo as peles ardentes se tocarem com intimidade. Os pelos se arrepiaram com o contato. Eles se abraçaram forte, um abraço sentido, como se o mundo fosse acabar naquele instante e eles precisassem estar atados um ao outro para não se perderem.

Ao se desvencilharem do abraço, se olharam nos olhos fixamente. Evi tinha um olhar doce, Matt a encarava com os seus olhos inquietos, em que as pupilas se movimentavam admirando cada brilho daqueles olhos verdes lacrimejantes diante de si. Um calor percorreu-lhes a espinha e então inevitavelmente se permitiram trocar um beijo. Tocaram os lábios, de uma forma delicada de inicio para depois se intensificar, transformando-se em um ardente e delicioso beijo. Matt enfiou avidamente sua língua dentro da boca dela, que posteriormente devolveu a ousadia com o mesmo ímpeto. Ambos saboreavam o beijo por um longo tempo, suas línguas se enroscavam, sedentas de paixão. Estavam loucos para devorarem os lábios e sorverem a energia e o fôlego um do outro.

Não demorou muito para que eles começassem a se acariciar e a medida que as carícias se inflamavam, o tesão aflorava. Evi apoiou o seu corpo na escada da piscina, Matt a encurralava. Ele começou a beijá-la novamente, da boca desviou-se para o queixo, depois para o pescoço e assim foi descendo até alcançar o seu peito.

Os seios dela estavam intumescidos e empinados, um arrepio invadia-lhe o corpo. Ela estremecia de prazer ao sentir a boca quente dele tomar-lhe os seios, ora um, ora outro. Ele os beijava, lambia e sugava. Matt começou a massagear o corpo dela com suas mãos hábeis, explorando pontos estratégicos. Sua respiração era forte, enquanto ele sussurrava coisas no ouvido dela.
-Evi, eu te quero tanto, sempre te quis. Você me deixa louco!
Ela ouvia e se arrepiava ainda mais. Podia sentir o tempo todo o membro dele duro, apontando para ela, quase espetando-lhe querendo encontrar o seu lugar entre suas pernas.

Ele continuava a tocá-la e ela demonstrava através de seus gemidos e contorções que queria senti-lo dentro de si. Estava louca de tesão, doida para experimentá-lo. Seu sexo latejava ansioso por receber aquele membro descomunal. Ele enfiava seus dedos nas partes íntimas dela e percebeu pelos movimentos de corpo e de quadris que ela não agüentava mais e estava transtornada de desejo. Ele se posicionou ente ela, seu membro rijo se esfregava em toda a extensão de seu sexo, notadamente no clitóris. Com o corpo encostado e apoiado na escada, ela trançou suas pernas ao redor do corpo dele. Ele penetrou a fenda apertada, morna e úmida, ela o abraçou com ânsia, cravando suas unhas nas costas dele. Matt mergulhou inteiro dentro dela, fazendo com que Evi gritasse ao recebê-lo.

Ela semicerrou os olhos, gemendo de satisfação. Cada vez mais rápido, ele entrava e saia. Ela vibrava com as investidas dele, sentia o desejo mais aguçado ao ser invadida. Evi delirava, o apertando contra si, dizendo palavras desconexas. Ele explodia de desejo e satisfação ao ver as reações dela. E tinha ainda mais tesão ao sentir as contrações dela quando a invadia. Matt aumentou mais o ritmo de suas estocadas e ambos gemiam descontroladamente até que alcançaram juntos o gozo.

Enquanto se derramava dentro dela, ela o abraçava, acariciando-lhe os cabelos. Ele permaneceu uns instantes dentro dela, somente curtindo aquele momento mágico. Ela lhe afagava na nuca, dando-lhe beijos curtos em seu rosto e orelha.

Depois, se desenroscaram e um silêncio pairou. Ainda com respiração sôfrega, eles se olharam um tanto desnorteados com o que acabara de acontecer. O limite da amizade havia sido ultrapassado. Nunca mais seriam amigos como antes. Quebrando a quietude, Evi comentou um tanto embaraçada:
-É, agora acho que já fiz tudo o que tinha que fazer de importante antes de partir do Havaí.
-Arrependida?
-Não. Você?
-Não, nem um pouco.
-Por hora não estou arrependida, mas amanhã...Não tenho tanta certeza. Nós dois sabemos que o que acabamos de fazer é errado.
-É melhor se arrepender por algo que fizemos do que por algo que não fizemos. Errado é não aproveitar as chances que a vida nos dá. Mais dia ou menos dia, isso iria acabar acontecendo, você sabe. Estávamos querendo que acontecesse já faz um longo tempo, só não tivemos coragem antes. Não se sinta culpada por atender aos seus instintos.
-Vou me lembrar disso. Eu...é melhor eu ir agora.
Evi saiu da piscina e secou-se com uma toalha que estava na cadeira de praia. Matt fez o mesmo. Vestiram-se e logo depois, ele a acompanhou até a porta, mas antes que ela se fosse, pegou em seu braço e disse:
-Eu também vou me lembrar para sempre disso. E ainda mais disso.
Matt a puxou para um último beijo de despedida, ao qual Evi correspondeu com vontade. Ambos pressionaram os lábios, ela abriu a boca e deu passagem para a língua dele, depois intercalaram a vez, misturando-se, um sugando a boca do outro e Evi dando uma leve mordida no lábio inferior de Matt.

Então, Evi deu um último olhar para Matt e caminhou em direção ao carro. Porém, virou-se e voltou mais uma vez para dar-lhe mais alguns curtos beijos. Depois saiu correndo feito moleca, rindo e dando-lhe uma piscadela pela janela do carro.

Era o que estava faltando na sua lista de desejos e tarefas antes de ir embora. Ter o Matt. Ser do Matt. Se era certo ou errado, se iria sentir-se culpada mais tarde, ela não sabia. Mas de uma coisa ela tinha certeza: que ela aproveitou intensamente cada minuto daquele momento.
FIM.

Nenhum comentário: