quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Fic: A verdade está na ilha-Capítulo 15: O milagre de William

Mulder e Scully não acreditavam que finalmente tinham reencontrado seu filho! Depois de anos de angústia, de sofrimento ele enfim estava ali, diante deles e o mais incrível é que William os reconhecera.
-Meu filho...isso está mesmo acontecendo? Você está aqui...sinto muito por ter te dado para adoção, mas foi o único jeito de te proteger...
-Eu entendo mamãe. Estou muito feliz em encontrar vocês...
Scully beijou seu filho na testa e o abraçou forte. Locke e Hurley observavam a redondeza, temendo serem encontrados ali pelos outros. Mulder resolveu conversar seriamente com William.
-Escute, William. Você está bem? Eles fizeram alguma coisa com você?
-Eles só fizeram uns testes...mas fiz questão de fazer tudo errado! Essas pessoas são más, eu estou bem, mas as outras crianças...Eles as pegam pelo braço e levam para um outro lugar...depois elas voltam totalmente estranhas...Papai, estou com muito medo...não deixe que eles me machuquem...
William abraçou Mulder assustado.
-Não se preocupe, William, viemos te salvar. Me diga, onde você fica, eles sabem que você está aqui neste momento?
-Não. Eu saí escondido. Estou em uma casa, ali no acampamento deles. Todos os dias um homem fica me fazendo perguntas, tenho medo dele!
Mulder decide conversar com Locke.
-Por favor, John! Você conhece bem essa ilha, conhece essa gente. Você tem idéia de como posso resgatar meu filho e fugir daqui?
-Posso te ajudar a se esconder com seu filho, mas quanto a sair da ilha...só fiz isso uma vez e agora tornou-se impossível fazer aquilo de novo, pois como já expliquei antes eu acabei destruindo a estação Orquídea. Só consegui voltar por causa do plano do Ben, junto com os Oceanic. Sinceramente, acho que ninguém nunca mais vai conseguir sair desta ilha, só se for com o consentimento dos outros, o que no seu caso se torna inviável...
Mulder colocou as mãos na cabeça e começou a andar de um lado para o outro, preocupado. Como sairia dali? Mal sabia como tinha sido a viagem, pois todos ficaram praticamente dopados. E o pior: só conseguiram chegar lá por intermédio dos outros, daquelas mesmas pessoas que mantinham seu filho em cativeiro. Não tinha outra alternativa a não ser àquela apresentada por Locke: se esconder.
Foi o que resolveram. Antes de partirem, no entanto, William segurou forte na mão de Scully.
-O que foi William?
-Não podemos partir. Não sem ajudar as outras crianças.
-Querido, não sei se poderemos ajudá-las agora. Primeiro precisamos garantir a sua segurança!
-Não irei sozinho. Eles precisam de minha ajuda!
Então, William saiu correndo.
-William! Espere!
Scully saiu em desparada atrás de seu filho. Mulder, Locke e Hurley correram também. William correu até o acampamento. Jogou uma pedrinha em direção a uma janela. Um garoto apareceu. William fez sinal com as mãos, indicando que era para ele descer. O garoto surgiu e foi seguindo William. E assim, William foi fazendo a mesma coisa com as demais casas. Scully o observava de longe, escondida. Um grupo de crianças seguiam William. Chegaram a um campo mais afastado e ficaram em círculo. William estava no centro da roda. De repente, uma luz surgiu do céu, atingindo William. Ele parecia protegido por essa luz.
-Sinistro! – Hurley observava boquiaberto. Ele até se beliscou, pensando estar louco novamente.
Scully queria se aproximar do local, mas Mulder a segurou pelo braço. William se dirigiu a uma das crianças. Colocou sua mão na testa dela e fechou os olhos por um instante. Repetiu esse ritual com cada criança do círculo, até que a luz se apagou e William caiu no chão, desmaiado.
-William! – Scully correu desesperada para socorrer seu filho.
O garoto estava muito fraco, abriu os olhos mas não tinha mais forças nem para levantar. Mulder o pegou no colo.
-Agora sim...podemos ir...
-Filho, acorde! O que foi isso? O que fez com as crianças?
-Eu as curei. Eles foram testados...
-Testados como? As crianças foram submetidas a tratamentos psicológicos, não é, por isso elas ficaram sem memória e dóceis?
-Antes sim, era só esse tratamento...mas agora eles começaram a fazer experiências...mas eu as curei, elas não são mais híbridas...voltaram a ser humanas novamente.
Mulder ficou surpreso, como William sabia de tudo isso com tão pouca idade? Depois do que ele viu ali, teve certeza de que William era realmente especial. Decidiram levar todas as crianças para o esconderijo, visto que elas estavam curadas e se continuassem ali, provavelmente os outros tornariam a fazer experiências com elas.
Locke levou todos para um lugar distante, que ele havia descoberto na época de suas andanças pela ilha. Sabia que no fundo mais cedo ou mais tarde os outros descobririam. Mesmo assim, pelo menos ganharia tempo para pensar em uma solução. Queria ajudar a todos, tinha se decepcionado de vez com os outros. Nunca mais queria ser líder daquela gente sem caráter. Chegaram ao local e se instalaram. Mulder e Scully iriam ficar por lá tomando conta das crianças e de William. Locke e Hurley procurariam ajudá-los, porém teriam que tomar muito cuidado para não serem descobertos. Iriam se revezar, indo lá de quando em quando só para ver se estava tudo ok.
Locke ficou fascinado com o que tinha visto! Se dirigindo a Mulder, falou:
-Seu filho, William, foi incrível o que ele fez! Ele é um milagreiro!
-Ele é uma criança especial. Sempre foi, desde que nasceu. Você sabia que quando Scully foi dar a luz, eu não tinha a menor idéia da onde ela estava. Sabia que estava em um lugar isolado com uma amiga nossa, também agente. Então, resolvi ir atrás dela mesmo assim e você não vai acreditar. Estava no helicóptero, sem saber que direção tomar até que uma espécie de luz guiou meu caminho e não é que consegui achar a cabana onde Scully estava?
-Impressionante! Pensei que somente essa ilha tornava as pessoas especiais!
-O que essa ilha faz?
-A ilha faz com que cada um dê o melhor de si. Pelo menos, é no que acredito. Desde que cheguei aqui já vi de tudo. E cada dia que passa me surpreendo mais. Vou te contar uma coisa que quase ninguém sabe: eu era paralítico. Peguei o vôo 815, trouxe até minha cadeira no avião. Quando caímos, você não vai acreditar...não só consegui me sentar, como também me levantei. E nunca mais usei a cadeira de rodas...
-Você está falando sério? Nossa, que incrível! Só espero que eu consiga manter as crianças em segurança...
-Pensaremos em algo. Daremos um jeito, a ilha irá nos ajudar!
-Assim espero!
Enquanto isso, Jack e Kate voltaram à praia. Apesar de todas as preocupações, não conseguiam negar seus sentimentos; como estavam apaixonados! Trocavam olhares o tempo todo, se aproximaram de vez, não conseguiam mais ficar longe um do outro. Sawyer notou que eles voltaram diferentes, pareciam mais próximos, voltaram a ter aquele velho companheirismo, aquela cumplicidade que surgira desde o primeiro dia em que caíram naquela ilha.

TO BE CONTINUED...

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