Matt chegou na sua nova casa e decidiu tomar uma ducha quente para relaxar. Após o banho, deitou-se só de toalha na cama, pensando na reviravolta que dera sua vida nos últimos dias. Ele mesmo não acreditava que tinha saído de casa. Depois de anos de casado, nem conseguia cogitar como seria estar solteiro novamente. Resolveu sair um pouco, dar umas voltas para distrair a cabeça. Passou por uma banca de jornais e viu a revista Vanity Fair pendurada. A capa da edição do mês era com Evangeline. Matt comprou a revista e depois de tomar um lanche, voltou para casa.
Assim que chegou, jogou-se no sofá e folheou a revista. Ao ver as fotos dela, que estavam deslumbrantes, Matt fechou os olhos e lampejos de memória dos momentos com Evie lhe povoaram o pensamento. Desde a briga, não soube de seu paradeiro. Matt começou a se questionar se ele não tinha sido muito rude com Evie, duvidando de sua palavra, acusando-na de mentirosa. Andou de um lado a outro na sala até que teve um insight: iria tirar essa história das fotos a limpo. Desta forma, no dia seguinte, ele acordou cedo e entrou em contato com a redação da revista. Conseguiu falar rapidamente com Annie e marcou para conversar com ela mais tarde.
-Desculpe te interromper no seu trabalho deste jeito repentino, mas é que preciso descobrir a verdade dos fatos.
Matt questionou Annie a respeito de todos os acontecimentos envolvendo a chantagem, a fotógrafa revelou exatamente todo o transtorno causado pela sua ex-assistente e o papparazzo. Disse-lhe que Evie ficou totalmente abalada e que sempre procurou proteger o nome dele temendo um escândalo: Matt então se deu conta de que Evie nunca quis lhe prejudicar, mesmo envolvida com ele, ela não queria acabar com o seu casamento.
Matt agradeceu Annie pelos esclarecimentos e saiu rapidamente do prédio. Se sentiu um idiota por ter discutido com Evie daquele jeito e queria mais do que nunca, encontrá-la para pedir perdão. Ligava para casa dela no Havaí e ninguém atendia. Ele tentou o dia todo, mas não conseguiu. Matt estava aflito, não agüentava mais de saudades, precisava urgentemente vê-la.
No dia seguinte, tentou algumas vezes até que se deu conta de que nas férias, Evie geralmente viajava para o Canadá para visitar a família. Porem, ele não tinha certeza onde ela estaria, lembrou-se de que ela era bastante amiga de Elizabeth, talvez Liz saberia de seu paradeiro. Matt estava tão desesperado que não estava nem aí para o que Liz iria pensar sobre o relacionamento deles, a verdade é que precisava descobrir sobre Evie. Por sorte, ele conseguiu falar com Liz, que contou que a amiga tinha ido de fato ao Canadá. Sem pensar duas vezes, fez as malas, pegou o passaporte e embarcou para lá.
Liz tinha lhe dado o endereço canadense de Evie, pois ela também tinha parentes no Canadá e encontrou-se uma vez com Evie quando estava de passagem por lá. Matt hospedou-se em um hotel e foi à procura de Evie. Chegando na casa, tocou a campainha e aguardou. Ninguém atendeu. Insistiu mais algumas vezes, sem sucesso. Resolveu esperar um tempo, porém estava muito frio lá fora, como de praxe, nevava. Matt estava congelando e desesperado por não encontrar Evie, até que a vizinha da casa da frente chegou de carro e foi falar com ele.
-Escute, não tem ninguém aí, me parece que viajaram para uma festa de casamento em Quebec.
-Puxa vida, que pena! Parece que perdi a viagem.
-Você queria falar com a Evie? É o Matthew, não é?
-Sim, atrás dela que estou, preciso falar urgentemente com ela.
-Então é seu dia de sorte. Somos amigas de infância, conversamos muito nestes últimos dias, ela estava aqui ainda há dois dias, mas depois foi embora para os EUA.
-Ela voltou para o Havaí?
-Não. Ela estava esgotada e queria ficar sozinha, descansar. Eu sugeri que ela fizesse um retiro em um lugar tranqüilo e ofereci meu chalé de campo no Colorado.
-Ela está no Colorado. Bem...pelo visto, acho que terei que esperar até o fim das férias, já que ela não quer ser incomodada.
-Não quer se incomodada por ninguém, mas quem sabe ela faça uma exceção, se for importante o que você tem a dizer a ela.
-Olha, se você me puder dar o endereço, lhe agradecerei de coração!
-Ok, vou te ajudar. Mas se ela ficar brava, não quero que brigue comigo.
-Pode deixar, digo para ela que insisti tanto que você não teve como negar.
Mais uma vez, Matt correu para o aeroporto, agora com passagem para o Colorado. Aquela busca frenética por Evie o deixava mais ansioso, por outro lado era excitante, há muito tempo ele não sabia o que era lutar e correr atrás de um grande amor. Chegando lá, pegou um táxi até o local, de fato era um lugar bem isolado, no meio das montanhas e perto de uma típica floresta americana. Assim que desceu do carro, com malas nas mãos, sentiu um arrepio no corpo, estava com medo da reação de Evie. Caminhou um pouco até que chegou perto do chalé. Começou a chover fortemente, Matt bateu na porta ensopado.
Evie, ao ouvir alguém bater na porta, abriu a janela de cima e não acreditou no que viu. Desceu a escada correndo e abriu a porta: sim, era ele! Matt estava ali, diante dela, todo molhado pela chuva, com seu olhar típico, doce, fixo nela.
-Matt! Meu Deus, não acredito, você está aqui!
Evie não sabia se ria ou chorava de emoção, acabou fazendo as duas coisas.
-Então, vai me deixar aqui fora todo encharcado ou vai me convidar para entrar?
Evie o pegou pelas mãos e o puxou para dentro. Matt deixou as malas em um canto, próximo a porta. Olhando sério para ela, disse;
-Evie, preciso muito falar com você!
-Depois, Matt. Primeiro você precisa tirar essa roupa toda molhada e tomar um belo de um banho quente.
Evie pôs as mãos no rosto de Matt, tocou o cabelo dele e o olhou admirada com aqueles olhos verdes. Os dois aproximaram os rostos, ficaram com a testa grudada e fecharam os olhos, só captando o momento. Depois, sem dizer palavra, começaram a se beijar. Estavam sedentos, queriam sugar os lábios um do outro e matar toda a saudade que sentiam. Após vários e vários beijos, Matt a abraçou e pediu desculpas.
-Me perdoe por ter brigado contigo naquele dia, eu fui um idiota por ter duvidado de você!
-Venha, precisamos tirar essas roupas molhadas e tomarmos um banho bem gostoso, quentinho...
-Nós dois?
-É, o que você acha? Ao me agarrar desse jeito, minha roupa também ficou molhada e preciso urgente tirá-la...
Evie desabotoou a camisa grudada de Matt, retirando-a juntamente com a calça dele, deixando-o só de cueca. Depois, pediu que ele a aguardasse no quarto. Ela fechou a porta do banheiro e começou a encher a banheira. Esperou até que a água ficasse em temperatura agradável, jogou sais de banho e acendeu algumas velas aromáticas.
-Pronto, Matt, pode entrar!
Ao abrir a porta, se deparou com Evie dentro da banheira, sorrindo para ele, estendendo a mão, o chamando. Matt ficou fascinado com a rapidez com que ela preparou tudo de uma forma especial. Ficou nu e entrou na banheira.
-Ai que delícia! Estava precisando relaxar depois de tanto que corri atrás de você...
-Relaxar? Hum...quem sabe...talvez só um pouquinho. Agora que você está aqui, relaxar é a última coisa que eu quero que você faça, primeiro vai ter que me amar...
-Ah, é assim é? Então, vem cá.
Matt a puxou, dando-lhe um beijo de tirar o fôlego. As carícias e os beijos ficaram cada vez mais calientes. Evie começou a beijar o peito de Matt, o pescoço e deu uma mordiscada em sua orelha. Enquanto ela o “torturava” com a boca, ele trabalhava com as mãos, acariciando todo o corpo dela, passando as mãos por entre suas coxas, cintura, nádegas até voltarem para os seios, tocando os mamilos com movimentos circulares com as pontas dos dedos.
Depois de “se pegarem” na banheira, decidiram ir para o quarto. Evie retirava as almofadas da cama, quando Matt afastou os seus cabelos e deu suaves beijos em seu pescoço. Evie não resistia quando ele fazia isso, encostou-se na cabeceira da cama, ajoelhada. Evie sentia prazer com as carícias das mãos de Matt, que tocavam suas coxas até chegarem ao seu clitóris. Ao vê-la excitada, ele penetrou sua vagina por trás, efetuando movimentos livres e vigorosos.
Evie se entregou totalmente para ele, os dois atingiram o clímax em perfeita sintonia. Após a transa, Matt fazia carinho no rosto e nos cabelos de Evie, que sorria de orelha a orelha ao vê-lo ali, em seus braços.
-Depois de tudo isso, confesso que estou morrendo de fome!
-Antes de você chegar, eu ia preparar algo para comer. Como cheguei há alguns dias, comprei umas coisas, se você quiser...Admito que não sou boa cozinheira, mas com essa chuva, acho que a melhor opção é comer por aqui mesmo. Descanse um pouco da viagem enquanto vou preparar o nosso jantar.
-Nada disso, não quero abusar de sua hospitalidade. Eu estou te devendo desculpas, portanto, que tal eu fazer o jantar?
-Matt, você está cansado!
-Vai ser um prazer. Fique aqui quietinha enquanto eu vejo o que posso fazer.
-Não, não, assim não vale. Já sei, te deixo cozinhar desde que eu possa te ajudar!
-Excelente idéia!
Os dois decidiram preparar o jantar juntos. A chuva trouxe um friozinho à noite, após o jantar, Matt e Evie ficaram abraçados, juntinhos, enrolado no cobertor, sentados no tapete da sala, próximo à lareira acesa.
-Acho que estou sonhando, ainda não acredito que você está aqui!
-Vir aqui atrás de você foi a melhor coisa que fiz em anos! Evie, quando estou ao seu lado, não me reconheço. Depois que ficamos juntos, parece que despertei. É como se eu estivesse morto antes e voltasse à vida em seus braços!
-Parece que esse vinho é bom mesmo, está afetando os seus sentidos!
-Não é o vinho, Evie, é você! Você me deixa louco!
Matt deu um beijo em Evie e os dois deitaram ali mesmo, na sala, diante da lareira. E com o calor do fogo e de seus corpos, fizeram amor novamente.
CONTINUA...
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