quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Sou o que sou

Essa será a minha frase daqui por diante. É como um lema, um mantra. Passei por uma semana em plena deprê. Tornei-me apática a tudo. Parece até que as coisas que eu costumava gostar não faziam mais sentido. Fiquei triste essa semana por causa de um reflexo de decepções acumuladas. Sabe quando você toma porrada várias vezes seguidas e se mantém firme e forte até certo ponto, mas depois cai de vez? O problema é que quando chega neste ponto começa a análise. Você começa a pensar em todas as suas decisões: ah se eu tivesse feito isto, como seria a minha vida hoje? Melhor ou pior?

Aí pensa em todas as possibilidades, tudo o que poderia ter feito e é claro, sempre tendendo a pensar “marquei bobeira, deveria ter tomado outra atitude”. No livro “Sem medo de viver” (Zibia Gasparetto) a personagem Arlete dizia que “a vida sempre escolhia o melhor para a gente”. Mas será? Eu duvido! Sabe o que seria ideal? Após morrermos, alguém nos receber e mostrar um telão sobre o que teria sido se a gente tivesse escolhido tais caminhos em nossas vidas. “Olha minha filha, se você tivesse escolhido tal coisa, você estaria desta forma e sua vida seria deste jeito”. Já pensou que legal se vivêssemos várias alternativas de nosso destino?

O melhor seria poder ter uma outra chance como nós mesmos, sem apelar para reencarnação. Poderíamos escolher qual o melhor destino, quem sabe o melhor parceiro, o mais legal. Aí Deus diria “pois bem, você viverá para sempre neste caminho que julgou melhor”!

Então uma pessoa muito especial me disse que eu não deveria perder meu tempo com o que seria, ou o que poderia ser, ou o que foi, mas sim o que é. Não considerar o verbo SER no passado ou no futuro, mas sim no presente. Parar de pensar no passado e no futuro e aprender a viver o presente. Parar de encanar, afinal não podemos voltar no tempo e consertar nossos erros. Não podemos moldar o futuro de acordo com o que queremos, pois as coisas não dependem somente de nós, mas também da vontade dos outros.

Aí pensei: ”Eu preciso me assumir! Tenho que me aceitar com todos os meus defeitos e qualidades, virtudes e vícios. Admitir os meus erros e aprender a conviver com eles. Preciso dar um crédito pelo que fiz e não ficar me culpando a toda hora”. Pensando em tudo isso, criei o meu Mantra “sou o que sou”. Criei um manifesto próprio, cujos mandamentos tentarei cumprir:
1- ter amor próprio
2- dar valor ao que eu tenho, ser feliz com o que tenho (minhas amizades, meus amores, minhas paixões e idéias, meus gostos, etc)
3- gostar de mim do jeito que eu sou (qualidades/defeitos e erros)
4- desencanar, pensar no hoje, no presente, pois não posso alterar o que fiz e nem tenho poder suficiente para moldar o futuro de acordo com os meus interesses.

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